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Capitão de balsa que naufragou pega 36 anos de prisão

Promotoria havia pedido pena de morte para Lee Joon-seok por crime doloso. Tribunal entendeu que o capitão foi culpado por 'homicídio acidental'

Por Da Redação
11 nov 2014, 05h17

O capitão da embarcação Sewol, que naufragou deixando 304 mortos em uma das maiores tragédias da história da Coreia do Sul, foi condenado nesta terça-feira a 36 anos de prisão por um tribunal do país asiático, informou a emissora de televisão local YTN. O Tribunal de Distrito de Gwangju, no sudoeste do país, declarou Lee Joon-seok, de 68 anos, como culpado de homicídio acidental, já que abandonou a balsa sem prestar socorro aos passageiros durante o naufrágio de 16 de abril.

A sentença emitida hoje põe um fim ao julgamento do capitão e de outros catorze tripulantes, que teve início em junho. A promotoria sul-coreana chegou a solicitar a pena de morte para o comandante. O tribunal também condenou a 30 anos de prisão o chefe de máquinas, a 20 anos o primeiro oficial da balsa e a 15 anos o segundo oficial, por omissão de socorro durante o naufrágio da embarcação.

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O juiz argumentou em sua sentença que o capitão foi o principal responsável pelo trágico final do naufrágio, já que atrasou a ordem de evacuação, não tomou as medidas oportunas quando o navio começou a afundar e, posteriormente, não realizou esforços para o resgate dos passageiros. No entanto, o magistrado decidiu rejeitar as acusações de homicídio doloso expostas pelos promotores para pedir a pena capital. Curiosamente, ao contrário do caso do capitão, o tribunal considerou que o chefe de máquinas identificado pelo sobrenome Park, que pegou 30 anos de prisão, cometeu homicídio doloso ao deixar na cabine um de seus companheiros que estava ferido.

Quanto aos outros onze tripulantes, foram condenados a penas de entre cinco e dez anos de prisão. O julgamento da tripulação do Sewol atraiu grande atenção midiática na Coreia do Sul, um país que se viu imerso durante meses em um estado de comoção por essa tragédia que acabou com a vida de centenas de adolescentes, estudantes do ensino médio.

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Além do julgamento do capitão e dos tripulantes, existem outros processos abertos contra funcionários e diretores da empresa responsável pela embarcação, depois que várias irregularidades, que podem ter contribuído para provocar o acidente, foram descobertas. As autoridades decidiram encerrar hoje os trabalhos de resgate, depois de quase sete meses, mesmo com nove corpos ainda estão desaparecidos.

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(Com agências EFE e France-Presse)

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