Califado do EI completa um ano de atrocidades e barbárie
Apesar dos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA, o território dos terroristas se mantém estável no Oriente Médio e já conta até com moeda oficial
Foi há um ano que o Estado Islâmico (EI) declarou oficialmente a criação de um califado que eliminaria fronteiras e uniria todos os territórios dominados no Iraque e Síria sob a bandeira negra do terror. Controlado pelo ‘califa’ Abu Bakr al-Baghdadi, responsável pelo comando do grupo jihadista desde 2010, os extremistas torturaram e executaram milhares de pessoas, destruíram relíquias de valor inestimável para a humanidade e desafiaram a capacidade logística e militar dos maiores Exércitos do mundo. Embora relatos indiquem que Baghdadi tenha se ferido gravemente em um bombardeio aéreo da coalizão internacional chefiada pelos Estados Unidos, os domínios do EI no Oriente Médio persistem e, nesta semana, os terroristas anunciaram o lançamento de uma moeda oficial.
Leia também:
Fotos: os troféus de guerra dos curdos que combatem o EI
Cristão corta cabeça de jihadista em vingança por atrocidades do EI
A poesia – sim, a poesia – é uma das principais armas do Estado Islâmico
Califado é a definição de um Estado islâmico governado por um único chefe político e religioso, o califa. Eles são considerados por seus seguidores como sucessores de Maomé e soberanos sobre todos os muçulmanos. O primeiro califado surgiu depois da morte do profeta Maomé, no ano de 632, e nos séculos que se seguiram foram criados outros no Oriente Médio e no Norte da África. O último califado foi abolido em 1924 por Kemal Ataturk, criador do Estado moderno turco, depois do colapso do Império Otomano.
No califado do EI, minorias étnicas e religiosas e muçulmanos que se negaram a compactuar com a selvageria dos terroristas foram massacrados. Como os jihadistas rejeitam a presença de qualquer outro grupo fundamentalista em seu território, organizações como a Al Qaeda também passaram a ser combatidas. Uma reportagem recente do jornal The Guardian apontou que as seguidas derrotas esvaziaram os cofres dos rivais e provocaram uma debandada de recrutas. Um relatório do Departamento de Estado americano publicado neste mês constatou: a liderança no terrorismo mundial já se encontra nas mãos do EI. Confira abaixo os principais destaques na trajetória do califado islâmico:
(Da redação)