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Brasil convoca embaixadora venezuelana para explicar ataque a senadores

María Lourdes Urbaneja compareceu nesta sexta-feira ao Itamaraty para se reunir com o secretário-geral da pasta, Sérgio Danese

Por Da Redação
19 jun 2015, 20h11

O governo brasileiro convocou nesta sexta-feira a embaixadora venezuelana em Brasília, María Lourdes Urbaneja, e cobrou esclarecimentos da ministra das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, sobre os ataques contra a comitiva de senadores que estiveram na quinta-feira no país bolivariano. Um porta-voz do Itamaraty declarou à Agência Brasil que a embaixadora María Lourdes compareceu ao ministério para uma reunião com o secretário-geral da pasta, Sérgio Danese, e se comprometeu a “consultar” o governo venezuelano para “reforçar” o pedido brasileiro.

O porta-voz do Itamaraty disse que “o governo [brasileiro] analisará as informações concedidas” pelas autoridades bolivarianas para determinar os próximos passos. Na quinta-feira à noite, Brasília lamentou os incidentes que impediram a visita dos senadores de oposição aos presos políticos venezuelanos e classificou de “inaceitáveis atos hostis” os protestos que bloquearam o avanço do micro-ônibus no qual se encontrava a comitiva dos políticos. A missão parlamentar, liderada pelo senador tucano Aécio Neves (MG), não conseguiu fazer o trajeto que liga o aeroporto internacional Simón Bolívar à penitenciária militar Ramo Verde, onde está preso o opositor Leopoldo López.

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As autoridades locais afirmaram que o congestionamento que bloqueou o acesso do veículo dos senadores ocorreu devido a “obras de manutenção” que o governo venezuelano resolveu fazer justamente na quinta-feira. Na primeira vez em que o micro-ônibus ficou preso no engarrafamento, manifestantes chavistas cercaram o veículo e intimidaram os políticos entoando gritos de guerra como “Chávez não morreu, se multiplicou” e “Fora, fora”. Segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM), que também estava presente na viagem, os partidários do presidente Nicolás Maduro atiraram pedras contra o micro-ônibus. Por meio do Twitter, o governador do Estado de Miranda e candidato presidencial nas últimas eleições venezuelanas, Henrique Capriles, classificou o episódio como uma “vergonha”.

O Itamaraty também usou o comunicado para contrariar o sumiço do embaixador brasileiro em Caracas, Ruy Pereira, que abandonou os senadores à própria sorte após recebê-los no aeroporto. O representante de Brasília não acompanhou o micro-ônibus dos parlamentares – ele pegou seu carro e foi embora. Segundo o governo federal, o automóvel de Pereira também ficou preso no engarrafamento que bloqueou a passagem da comitiva. O comunicado diz que o embaixador “se manteve em contato telefônico com os senadores, retornou ao aeroporto e os despediu na partida de Caracas”.

Histórico de hostilidades – Esta não é a primeira vez que políticos estrangeiros passam por apuros na Venezuela. Os ex-presidentes de Colômbia e Bolívia, Andrés Pastrana e Jorge Quiroga, conseguiram chegar ao presídio de Ramo Verde, mas foram impedidos de visitar Leopoldo López. Na semana passada, o ex-premiê da Espanha, Felipe González, teve de se retirar de Caracas após o governo bolivariano negar todas as suas solicitações para amparar os presos políticos judicialmente.

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(Com agência EFE)

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