‘Brad Pitt iraniano’ pede desculpas depois de tuitar apoio ao casamento gay
O ator Bahram Radan criou polêmica em seu país ao celebrar, pelo Twitter, a legalização do casamento homossexual nos Estados Unidos
O ator iraniano Bahram Radan pediu desculpas após tuitar mensagem de apoio à decisão da Suprema Corte dos EUA, que legalizou o casamento gay em todo o país na semana passada.
Assim como muitas celebridades, Radan usou as redes sociais para se posicionar favorável à decisão americana. “A decisão da Suprema Corte dos EUA de que o casamento homossexual é legal foi histórica, talvez na escala do fim da escravidão… de Lincoln a Obama”, tuitou o ator conhecido como o ‘Brad Pitt iraniano’.
LEIA TAMBÉM:
Dia do Orgulho Gay: NY comemora legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo
Dois homossexuais podem pegar até três anos de prisão por abraço para selfie no Marrocos
Primeiro comercial com casal lésbico agrada a conservadora Índia; assista
Jihadistas do EI degolam quatro homossexuais em praça pública
Na maioria dos países onde o Islã é a regilião predominante, porém, a homossexualidade é um crime punido com prisão ou pena de morte. Com a enxurrada de críticas homofóbicas da mídia e dos usuários que se seguiram ao tuíte, Radan excluiu a mensagem de apoio e se desculpou.
“O que foi publicado na internet como a minha opinião sobre a decisão do tribunal supremo dos EUA sobre o casamento gay foi um erro e não reflete a dignidade do povo iraniano, pelo que peço desculpa”, escreveu Radan em uma carta publicada nesta quinta-feira no jornal iraniano ultra-conservador Keyhan.
“Nós estamos vivendo em um país que celebra o casamento como uma tradição do profeta [Maomé]. Leis americanas não têm relação com a república islâmica e casamento gay é condenável sob nossas leis sociais e religiosas e de acordo com nossos valores sociais”, diz o texto.
O jornal pediu que Bahram Radan seja colocado em uma espécie de lista negra e afirmou que o ator foi chamado pelo ministério da Cultura e Orientação Islâmica para um interrogatório.
(Da redação)