Bomba mata seis soldados no sudeste da Turquia

Fontes governamentais e militares atribuíram o ataque ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK)

Por Da Redação
24 Maio 2016, 19h33

Ato queima pneus em comemoração ao dia da fundação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), na cidade de Diyarbakir, Turquia. O PKK é listado por várias Estados como uma organização terrorista internacional (Ilyas Akengin/AFP)

Seis soldados foram mortos e outros dois feridos na explosão de uma bomba na passagem de um comboio militar no sudeste da Turquia, próximo à fronteira com o Irã, informou nesta terça-feira à noite o Estado-Maior, atribuindo o ataque ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

O veículo blindado que transportava os soldados “foi atingido por uma bomba que estava escondida” na beira de uma estrada na província de Van, no sudoeste de maioria curda do país, informou o exército em um comunicado, que também responsabilizou o PKK pelo atentado. Um líder militar também confirmou o ataque, acrescentando que os soldados se dirigiam a um local onde os membros do PKK tinham queimado uma dezena de veículos.

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Após a explosão da bomba, vários disparos de foguetes atingiram o comboio militar, informou a fonte, que pediu para ter sua identidade preservada, sugerindo a ideia de uma emboscada. O exército anunciou que uma operação aérea contra os rebeldes do PKK foi lançada após o ataque. Helicópteros de ataque, aviões de reconhecimento e reforços foram enviados para a área.

O sudeste da Turquia, cuja população é majoritariamente curda, convive com atentados e combates diários entre as forças de segurança turcas e os rebeldes desde a retomada das hostilidades no verão boreal passado, que puseram um fim às negociações de paz entre Ancara e o PKK para buscar uma saída a uma rebelião que deixou 40.000 mortos desde 1984.

No programa que apresentou na terça-feira, o novo premiê turco, Binali Yildirim, fez da luta contra o PKK uma prioridade. “Vamos continuar com determinação a luta contra a organização terrorista separatista”, afirmou.

(Com AFP)