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Boca de urna na Grécia indica vitória do “não” em referendo

Resultados oficiais só devem ser anunciados às 15h (horário de Brasília). Segundo especialistas, vitória do "não" é "salto para o desconhecido"

Por Da Redação
5 jul 2015, 13h26

A maioria da população grega se pronunciou neste domingo contra a proposta de acordo dos credores, segundo primeiras pesquisas de boca de urna divulgadas após o encerramento do horário de votação. O “sim” obteve entre 46,5% dos votos; o “não”, 50,5%.

Segundo especialistas, a vitória do “não” seria “um salto para o desconhecido”. O primeiro-ministro Alexis Tsipras tem dito que esse resultado deixaria a Grécia em posição de força para negociar com os líderes da Europa. É uma hipótese remota. É pouco provável que os países europeus não reajam com dureza, devido aos riscos políticos e econômicos que pesam sobre a zona do euro. É quase certo um cenário de cataclisma financeiro para a Grécia.

Os eleitores foram convocados a votar “sim” ou “não” às condições que os credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) apresentaram na semana passada ao governo grego para continuar financiando o país, que tem uma dívida de mais de 170% do PIB, considerada praticamente impagável.

A pergunta apresentada aos eleitores era: “Deve ser aceito o plano de acordo apresentado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional no Eurogrupo de 25 de junho de 2015 e composto de duas partes, que integram a proposta conjunta? O primeiro documento tem como título ‘Reforms for the completion of the Current Program and Beyond’ (Reformas para a realização do programa atual e além) e o segundo ‘Preliminary Debt sustainability analysis’ (Análise Preliminar da Sustentabilidade da Dívida)”. Entre as medidas de austeridade, há exigências sobre corte de salários, reforma previdenciária e aumento de impostos.

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O referendo acontece em circunstâncias econômicas excepcionais. Desde segunda-feira passada e até a próxima terça-feira, o país está sob um rígido controle de capitais. Os correntistas podem sacar nos caixas eletrônicos o valor máximo de 60 euros por dia. Na última terça-feira expirou o programa europeu de assistência financeira à Grécia e no mesmo dia o país entrou em moratória (atraso) com o FMI, ao não conseguir efetuar um pagamento de 1,6 bilhão de euros.

Yanis Varoufakis, o ministro das finanças, deu como certa sua renúncia caso vença o “sim”. O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, tem sido mais ambíguo. Se Tsipiras cair, um governo de unidade nacional pode ser formado. Mas a cisânia entre os partidos gregos se tornou aguda e é provável que seja necessário convocar eleições.

(Com agência EFE)

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