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Bispos sequestrados na Síria seguem desaparecidos

Papa pediu libertação de religiosos ortodoxos sequestrados na segunda

Por Da Redação
24 abr 2013, 10h42

Dois bispos sírios sequestrados por homens armados na segunda-feira ainda estão desaparecidos, disseram fontes da Igreja nas cidades de Damasco e Alepo nesta quarta-feira. Antes, uma associação cristã afirmou que os religiosos haviam sido liberados, informação já desmentida.

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Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

Uma fonte da Arquidiocese Ortodoxa Siría de Alepo disse que os bispos não foram libertados e que não tinha conhecimento de qualquer contato com os sequestradores. No Patriarcado Greco-Ortodoxo de Damasco, uma fonte também disse que não havia nenhuma indicação de que eles teriam sido soltos. “Não temos nenhum contato com o monsenhor Yuhana Ibrahim, bispo siríaco ortodoxo de Alepo, e com o monsenhor Bulos Yazigi, bispo ortodoxo grego da mesma cidade”, disse o padre Ghasan Ward.

O arcebispo da Igreja Ortodoxa Grega, Bulos Yazigi, e o arcebispo da Igreja Ortodoxa Siría, Yuhana Ibrahim, foram capturados durante uma operação humanitária perto do centro comercial e industrial de Alepo, o que é contestado pelos rebeldes e as forças leais ao ditador Bashar Assad. Autoridades atribuem o sequestro a um “grupo terrorista”, como costumam chamar os rebeldes anti-Assad, mas combatentes da oposição na província negaram ter capturado os dois.

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Os cristãos compõem menos de 10% da população síria e, a exemplo de outras minorias religiosas, veem com preocupação a luta de insurgentes sunitas – incluindo aliados da Al Qaeda – contra Assad, que pertence à seita alauíta, uma vertente do islamismo xiita.

Vaticano – Nesta quarta, o papa Francisco pediu o fim do banho de sangue na Síria e voltou a pedir a libertação dos dois bispos ortodoxos sequestrados no país, durante a audiência geral na praça de São Pedro. “Renovo o pedido para que cesse o banho de sangue na Síria e se encontre uma solução rápida à crise”, disse o pontífice, que reiterou o pedido para que “possam retornar em breve para casa” os dois bispos ortodoxos sequestrados em Alepo, desmentindo oficialmente assim as informações de terça-feira sobre a libertação.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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