Bilionário iraniano é condenado à morte
O empresário Babak Zanjani, de 42 anos, foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude
O empresário Babak Zanjani, um dos homens mais ricos do Irã, foi condenado à morte neste domingo pela Justiça do país. Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude, Zanjani, de 42 anos, era líder de um império empresarial avaliado em 14 bilhões de dólares.
Com sede em Dubai, seus negócios abrangiam setores como o da coméstica, serviços financeiros e bancários, turismo, infraestruturas, construção civil, tecnologia de informação, supermercado, extração petrolífera e mercado imobiliário. Além disso, o empresário possuía seu próprio banco, uma companhia de ônibus e uma frota de táxi no Tajiquistão, país onde mantinha grande parte dos negócios, e um time de futebol, o Rah Ahan, do Irã.
Zanjani era um dos empresários mais próximos ao governo do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad (2005-2013) e foi responsável por várias operações de venda de petróleo iraniano ao exterior, burlando as sanções internacionais impostas ao país. Pelas violações, Zanjani foi punido pela União Europeia e pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que congelou suas contas no exterior.
Após seu confronto com o líder supremo do país, Ali Khamenei, várias autoridades e personalidades iranianas começaram a denunciar os atos de corrupção que envolviam o empresário. A prisão de Zanjani, em dezembro de 2013, ocorreu depois que vários deputados “principalistas”, o grupo ultraconservador que defende as posturas adotadas por Khamenei, pedissem sua condenação por corrupção.
De acordo com as denúncias, o empresário teria ficado com parte do dinheiro da venda do petróleo iraniano durante o período das sanções internacionais. O montante teria sido lavado por uma de suas empresas financeiras. Zanjani ainda pode recorrer da sentença, a última de uma série de condenações contra empresários, banqueiros e políticos ligados a Ahmadinejad por casos de corrupção que vieram à tona desde que o ex-presidente deixou o poder. O ex-vice-presidente do Irã, Mohamed Reza Rahimi, por exemplo, foi condenado por corrupção e acusado, entre outras coisas, de ter mantido negócios com Zanjani.
(Com EFE)