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Bancos mudarão sede para Londres se Escócia tornar-se independente

As instituições financeiras temem as imprevisíveis consequências fiscais, legais e monetárias. Líder separatista afirma que a Escócia irá fazer história

Por Da Redação
11 set 2014, 11h18

Com as últimas pesquisas mostrando que a Escócia pode se tornar independente do Reino Unido após o referendo da próxima quinta-feira, crescem os temores no mercado sobre os impactos provocados pela mudança súbita. Neste contexto, o banco britânico Royal Bank of Scotland (RBS) alertou nesta quinta que mudará a sede social para a Inglaterra se a Escócia votar por sua independência. O anúncio do RBS, que tem sede na Escócia há quase 300 anos, coincide com a grande mobilização dos líderes políticos britânicos, que tentam convencer os escoceses a optar pelo ‘não’ na consulta de 18 de setembro.

Os políticos e empresários de Londres não cansam de fazer alertas sobre o impacto econômico negativo que, acreditam, seria provocado pela separação da Escócia do Reino Unido. “Há muita incerteza sobre o referendo escocês, que poderia ter consequências no âmbito fiscal, monetário, legal, no sistema de regulamentação e de classificação do banco”, afirma o RBS em um comunicado. Por isto, no caso de vitória do ‘sim’, o RBS “acredita que seria necessário deslocar a sede social e seu principal braço operacional para a Inglaterra”, destacou o banco. O banco está baseado na Escócia desde 1727 e sua sede social fica em Edimburgo. O anúncio foi bem recebido pelo mercado e houve um aumento do preço das ações do RBS. O banco britânico Lloyd’s também anunciou na pensa em estabelecer novas entidades legais na Inglaterra se a Escócia se tornar independente.

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O líder separatista escocês Alex Salmond afirmou nesta quinta-feira que seu movimento vencerá o referendo pela independência do Reino Unido e fará “história”. “A Escócia votará ‘sim’ na próxima quinta-feira. Como país, estamos redescobrindo a confiança, como nação, estamos encontrando nossa voz”, disse ele em uma coletiva de imprensa com correspondentes estrangeiros em Edimburgo. “A Escócia está a ponto de fazer história. Os olhos do mundo estão voltados para a Escócia”, finalizou Salmond.

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‘Família separada’ – Salmond fez as declarações um dia depois da visita do primeiro-ministro conservador e dos líderes dos outros partidos britânicos à Escócia para defender o ‘não’ à independência e impedir que seus nomes fiquem associados a uma derrota histórica para o Reino Unido. A visita de David Cameron, do trabalhista e líder da oposição Ed Miliband e do liberal Nick Clegg foi anunciada em caráter de urgência, apenas dois dias depois da divulgação da primeira pesquisa que apontava uma vitória dos defensores da independência.

“Seria de partir o coração se esta família de nações que construímos e com a qual fizemos coisas incríveis juntos fosse separada”, disse Cameron em um discurso em Edimburgo, feito, segundo ele, “com o coração”. A visita conjunta foi o maior gesto realizado por Londres desde os Acordos de Edimburgo, que há dois anos permitiram a convocação do referendo. Em outro sinal para a Escócia, a residência oficial do primeiro-ministro em Downing Street hasteou na terça-feira a bandeira escocesa, azul e branca e com a cruz de Santo André, na forma de ‘X’.

Os conservadores não são nada populares na Escócia – conseguiram eleger apenas um deputado dos 59 que Edimburgo tem direito no Parlamento britânico – e Cameron inspira confiança apenas em 23% dos escoceses, segundo pesquisa revelada pela BBC. O primeiro-ministro, que até agora havia se recusado a fazer campanha ou participar em debates, com o argumento de que este era um assunto dos escoceses, publicou nesta quarta um artigo no jornal Daily Mail no qual pede aos escoceses uma reflexão sobre as consequências de uma vitória do ‘sim’.

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(Com agência France-Presse)

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