Fonte militar indica que aeronave teria ido em direção ao estreito de Malaca depois de perder contato com o controle de tráfego aéreo
Por Da Redação
11 mar 2014, 12h54
Militares da Malásia acreditam que o Boeing 777 que desapareceu na madrugada do último sábado teria saído da rota planejada e seguido para o oeste, sobre o estreito de Malaca. Uma fonte militar graduada disse à agência de notícias Reuters que o avião reduziu sua altitude ao passar por Kota Bharu, perto da fronteira com a Tailândia, e tomou a direção do estreito, um dos mais canais mais movimentados do mundo, que separa a parte continental da Malásia (e também Singapura) da ilha indonésia de Sumatra.
Ao jornal malaio Berita Harian, o comandante da Força Aérea, brigadeiro Rodzali Daud, afirmou que o avião foi detectado pela última vez por um radar militar às 2h40 de sábado, pelo horário local, perto da ilha de Pulau Perak, no extremo norte do estreito.
A mudança de curso, se for confirmada, poderia descartar a hipótese de uma falha mecânica súbita, uma vez que a aeronave teria voado por pelo menos 500 quilômetros depois de perder contato com o controle de tráfego aéreo, apesar de o transponder e outros sistemas de emissão de rastreamento estarem aparentemente desligados. As autoridades da Malásia ampliaram a área de buscas, incluindo o estreito de Malaca. O foco inicial estava no Mar da China.
Nenhum sinal foi enviado pela aeronave, que deveria ter seguido de Kuala Lumpur até Pequim. Isso deixa espaço para outras possibilidades serem debatidas, como a de o avião ter tentado retornar a Kuala Lumpur.
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O efeito de desligar o transponder é torná-lo inerte a um radar secundário, ou seja, impedir que controladores civis possam identificá-lo. Radares secundários colhem informações sobre a identificação da aeronave, a velocidade e altura a partir do transponder. No entanto, as informações ainda poderiam ficar visíveis a um radar primário, que é usado por militares.
Pelo menos quarenta navios e 34 aeronaves estão sendo usadas nas buscas. Equipes da Austrália, China, Tailândia, Indonésia, Singapura, Vietnã, Filipinas, Nova Zelândia e Estados Unidos estão envolvidas na operação.
Familiares – Quatro dias depois do desaparecimento do avião que levava 239 pessoas a bordo, familiares dos passageiros chineses, que eram maioria no voo MH370, anunciaram a recusa do dinheiro oferecido pela Malaysia Airlines. A companhia aérea afirmou ter oferecido uma ajuda financeira de 31.000 iuans (cerca de 11.000 reais) para a família de cada passageiro.
A empresa, no entanto, nega que o dinheiro foi rejeitado, dizendo que os familiares pediram apenas que a companhia reveja os termos de aceitação. “Há alguns itens sobre os quais há diferenças de opiniões”, disse o representante da Malaysia Airlines na China, Ignatius Ong.
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Uma pessoa ligada a um dos passageiros chineses disse à agência France-Presse que os familiares “não estão interessados no dinheiro”. “É tudo sobre as pessoas – as pessoas no avião. Nós apenas os queremos de volta”.
Muitos parentes estão em um hotel em Pequim aguardando ansiosamente por notícias. Alguns parecem já aceitar que não há sobreviventes. “Estamos mentalmente preparados para o pior”, disse uma mulher cujo cunhado estava na aeronave com um grupo de artistas chineses que havia feito uma apresentação na Malásia.
Terrorismo – A Interpol afastou nesta terça-feira as especulações em torno dos dois iranianos que embarcaram no voo com passaportes roubados. Em entrevista concedida nesta terça-feira, em Lyon, na França, o secretário-geral da polícia internacional, Ronald Noble afirmou que a Interpol está “inclinada a descartar” terrorismo no caso. “Quanto mais informações temos, mais nós estamos inclinados a concluir que não se trata de um incidente terrorista”.
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Os dois homens foram identificados pela polícia da Malásia como Pouria Nour Mohammad Mehrdad, de 18 anos, que estaria provavelmente tentando viajar de forma ilegal para a Alemanha, e Delavar Seyed Mohammad Reza, de 29 anos.
O desaparecimento do Boeing 777
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Fonte: agência Reuters
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