Aumenta pressão sobre Merkel para fechar as fronteiras da Alemanha
Pesquisa divulgada nesta terça-feira mostrou uma queda no apoio do bloco conservador à chanceler alemã
Um grupo de parlamentares conservadores da Alemanha insistiu para que a chanceler Angela Merkel reverta sua política de portas abertas a refugiados. A queda no apoio do bloco à líder alemã, revelada por uma pesquisa nesta terça-feira, ameaça dividir a coligação da governante.
Com três importantes eleições regionais ocorrendo em março, Merkel enfrenta o período mais difícil de seus dez anos de governo com a crise de refugiados. Aliados conservadores na Bavária, o ponto de entrada para a maioria dos imigrantes, estão regularmente rompendo com a posição do governo, e a desaprovação também se instala em seus parceiros de coalizão, o Partido Social Democrata (SPD, na sigla em alemão). Alguns meios de comunicação começam a especular sobre o futuro de Merkel.
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Uma pesquisa do jornal alemão Bild divulgada nesta terça-feira mostrou que o apoio ao bloco conservador de Merkel caiu de 35% para 32,5%, o ponto mais baixo desde a eleição de 2013.
A pesquisa também divulgou dados mostrando que a Alternativa para a Alemanha (AfD), de direita e que faz campanha contra os refugiados, subiu 1 ponto porcentual, passando para 12,5%.
A AfD tem ganhado apoio com preocupações a respeito dos imigrantes, agravada pelos ataques sexuais às mulheres em Colônia e outras cidades durante o Ano Novo, atribuídos em grande parte aos que buscam asilo, e é provável que tenham grandes ganhos em três Estados nas eleições de março.
“Há uma tendência clara contra os conservadores na Alemanha. O tempo é curto para transformar este sentimento antes das votações regionais em março,” disse oao Bild o chefe do instituto responsável pela pesquisa, Hermann Binkert.
A insistência de Merkel de que a Alemanha conseguirá lidar com o fluxo de entrada de 1,1 milhão de imigrantes no ano passado e mais este ano, irritou as autoridades locais que lutam para abrigar as pessoas, muitas delas vindas de zonas de guerra na Síria e de outros países do Oriente Médio.
(Com Reuters)