Atirador de Ottawa agiu por motivos ideológicos, diz polícia
Família de Zehaf-Bibeau alegava que ele sofria de distúrbios mentais. Polícia diz que atirador deixou vídeo explicitando seus motivos para o ataque terrorista
Michael Zehaf-Bibeau, o atirador que matou um militar canadense, antes de ser abatido, na quarta-feira, no Parlamento, agiu “por motivos ideológicos e políticos”, informou neste domingo a polícia, contrariando informações de sua família. A Gendarmeria Real do Canadá (GRC, a polícia federal do país) “encontrou elementos de prova convincentes” de que o “ataque terrorista” cometido pelo cidadão canadense de 32 anos obedeceu “a motivos ideológicos e políticos”.
O comissário da GRC, Bob Paulson, afirmou em um comunicado que o assassino filmou um vídeo “dias antes de cometer o ataque” e indicou suas motivações. A polícia não divulgou o vídeo à imprensa e o comissário não forneceu detalhes da gravação, que ainda está sendo analisada pelos peritos. “A GRC está procedendo uma análise pormenorizada da gravação com a finalidade de estabelecer os elementos de prova e de inteligência”, acrescentou Paulson.
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O comunicado da polícia canadense contraria as declarações da mãe do agressor, Susan Bibeau, segundo quem o filho sofreria de problemas psíquicos sérios e que seu ato não estaria vinculado ao terrorismo, mas à loucura. Susan, por sua vez, desmentiu que seu filho pensasse em viajar à Síria, como tinha informado a polícia. Mike Cabana, da GRC, admitiu o erro, mas não houve retificação oficial da polícia.
O ataque de Zehaf-Bibeau aconteceu dois dias depois de um incidente no Québec, no qual Martin Rouleau, de 25 anos, atropelou dois soldados canadenses com seu carro, matando um deles. Apesar da proximidade dos ataques, a polícia canadense afirmou que não encontrou conexão entre eles. Os ataques no Canadá ocorreram na mesma semana em que o país enviou seis caças para ajudar a campanha de ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico (EI).
(Chris Wattie/Reuters)
(Com agências Reuters e France-Presse)
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