Atentados matam ao menos 50 às vésperas das eleições
Radicais miram eventos políticos e escolas que recebem votos de militares
Uma série de atentados terroristas deixou ao menos 50 mortos nesta segunda-feira às vésperas das eleições parlamentares. Entre os alvos atacados pelos radicais estavam comícios políticos e colégios que já recebem os votos de policias e soldados que trabalharão no pleito, marcado para aqui a dois dias.
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O atentado mais letal ocorreu em Khanaquin, a 140 quilômetros ao noroeste de Bagdá, onde um suicida explodiu uma bomba em meio a um encontro político curdo. Os eleitores curdos celebravam a aparição na televisão do presidente iraquiano Jalal Talabani, que registrou seu voto na Alemanha por estar recebendo um tratamento médico no país. “O terrorista se infiltrou no meio da multidão que estava próxima à sede do partido União Patriótica do Curdistão e detonou os explosivos presos ao seu corpo, causando um massacre trágico”, disse um dos policiais envolvidos na investigação, cujo irmão estava entre os mortos. O ataque no comício fez trinta vítimas fatais e deixou outras cinquenta feridos.
Nos outros atentados, os terroristas usaram uniformes das autoridades iraquianas para burlar a segurança dos pontos eleitorais. Na vizinhança de maioria sunita de Adhamiya, em Bagdá, um radical detonou as bombas presas ao seu corpo em frente a um centro eleitoral. Quatro morreram e sete ficaram feridos. “Eu vi uma pessoa em um uniforme do Exército saindo de uma rua paralela. Ele correu em nossa direção e todos nós fugimos depois de notarmos que ele era um terrorista. Enquanto eu estava correndo, uma poderosa explosão me jogou longe. Todos gritavam para corrermos, porque um segundo terrorista poderia chegar”, disse Ahmed Sultan, que aguardava no local do atentado para registrar o seu voto.
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Ataque similar ocorreu no distrito de Mansour, também em Bagdá, onde seis policiais morreram e dezesseis se feriram depois de um suicida detonar explosivos na entrada de um colégio eleitoral. O radical trajava um uniforme das autoridades do país, segundo informou a polícia. O grupo fundamentalista Estado Islâmico do Iraque e ao Levante (EIIL) é acusado de perpetrar os ataques. Os guerrilheiros vêm perseguindo as forças de segurança ao norte do Iraque com emboscadas, assassinatos e explosões em suas próprias casas, o que resultou em um total de dez mortos até o momento.
O primeiro-ministro Nuri al-Maliki luta para conseguir um terceiro mandato, mas enfrenta um forte movimento político da oposição. A principal crítica a al-Maliki é a de que o político não conseguiu conter o avanço terrorista após o término da intervenção militar dos Estados Unidos no país, em dezembro de 2011.
(Com agência Reuters)
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