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Assad: destruição de arsenal pode demorar um ano e deve custar 1 bilhão de dólares

Em entrevista ao canal americano Fox News, ditador da Síria disse que está pronto para entregar armas para qualquer país que assumir o “risco de destruí-las”

Por Da Redação
18 set 2013, 21h40

O ditador sírio Bashar Assad afirmou em uma entrevista ao canal americano Fox News, divulgada na noite desta quarta-feira, que a entrega e a destruição do seu arsenal químico pode levar até um ano. Ele afirma estar disposto a entregá-lo para “qualquer país que assumir o risco” de recebê-lo e destruí-lo, incluindo os Estados Unidos.

“Se o governo americano está disposto a gastar o dinheiro e assumir a responsabilidade de trazer materiais tóxicos para os Estados Unidos, por que não? Mas é claro que deverá ser feito na base de uma cooperação estipulada pela ONU”, disse o ditador. “Se elas vão ser destruídas, não importa para onde elas vão ser mandadas.”

Segundo Assad, o custo total de destruição do arsenal é “caro” e deve chegar a “um bilhão de dólares”. “Acho que é uma operação muito complicada, tecnicamente. E é necessário muito dinheiro, cerca de 1 bilhão de dólares”, disse.

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Há dez dias, o regime sírio concordou com um plano proposto pela Rússia, aliada de Assad, para entregar o controle de seu arsenal. A proposta surgiu após os Estados Unidos terem responsabilizado Damasco por um ataque contra a população síria no dia 21 de agosto. Segundo os EUA, o ataque deixou mais de 1.400 mortos.

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Depois das primeiras notícias, os EUA passaram a ameaçar uma punição ao ditador com uma intervenção militar. Mas, após a proposta russa, a ideia perdeu força, apesar de Washington ainda afirmar que pode vir a realizar um ataque. Washington e seus aliados também pressionam pela aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que estabeleça punições para Assad caso ele não cumpra o acordo, mas a Rússia é contra.

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Na entrevista concedida ao ex-congressista democrata e colaborador da Fox News, Dennis Kucinich, e ao jornalista Greg Palkot, Assad disse que o acordo é “para valer”.

“Quando você faz um acordo, você tem que obedecer, e na história da Síria nós nunca participamos de um acordo do qual nós não cumprimos nossa parte. Nunca”, enfatizou.

Na segunda-feira, um relatório da ONU atestou que “amostras ambientais, químicas e médicas (…) fornecem provas claras e convincentes de que foguetes com gás sarin foram usados em Damasco em 21 de agosto”. A coleta de evidências pelos investigadores da ONU ocorreu no final de agosto, cinco dias após a divulgação das primeiras notícias do ataque. O secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, classificou o ataque como um “crime de guerra“.

Mesmo concordando em entregar seu arsenal, o regime sírio continua afirmando que não ordenou o ataque e responsabilizou os rebeldes que enfrentam o regime de Assad há mais de dois anos na guerra civil que assola o país e já deixou mais de 100.000 mortos. Na entrevista, ele voltou a negar que tenha ordenado o ataque e disse que ainda não teve acesso à íntegra do relatório da ONU.

A Rússia também afirma suspeitar que o ataque foi “uma provocação” realizada com a intenção de conseguir uma intervenção no país e desestabilizar Assad. Nesta quarta-feira, a Rússia afirmou que recebeu do regime sírio provas que ligam grupos de oposição ao uso de armas químicas no massacre de 21 de agosto. As declarações foram dadas pelo vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, que afirmou que Moscou vai examinar o material recebido com a “máxima seriedade”.

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