Asilo de Assange já custou o equivalente a R$ 54,2 mi aos britânicos
O fundador do WikiLeaks está há três anos refugiado na embaixada do Equador em Londres para não responder a acusações de crimes sexuais na Suécia
O asilo do hacker Julian Assange na embaixada equatoriana em Londres já custou ao governo da Grã-Bretanha mais de 11,1 milhões de libras (54,2 milhões de reais) dos cofres públicos. O fundador do WikiLeaks está há três anos no prédio diplomático para evitar quatro acusações de crimes sexuais que ele teria cometido na Suécia. Para impedir a fuga do australiano de 43 anos, os britânicos são obrigados a deslocar um contingente diário de policiais que vigiam a área externa da construção, além de um oficial que permanece postado no rol de entrada da embaixada. Segundo o jornal Daily Telegraph, as autoridades locais confirmam os valores, mas se recusam a comentar quantos policiais precisam ser mobilizados para cumprir a tarefa.
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“Assim como todas as operações duradouras, assuntos como os recursos destinados são constantemente revisados para tentar minimizar os custos”, disse um porta-voz da polícia britânica. Os dados oficiais apontam que 6,5 milhões de libras dizem respeito aos salários dos policiais que trabalham no local, 2,7 milhões de libras foram reservados para custos adicionais, como o pagamento de horas extras, e 1,1 milhão de libras arcou com “custos indiretos”. Procurada pelo Daily Telegraph, a embaixada equatoriana disse que Assange poderá ficar asilado no prédio “pelo tempo que quiser”.
Na semana passada, a promotoria sueca enviou uma solicitação ao Equador para interrogar Assange dentro da embaixada. O documento não fixa uma data e espera agendar o interrogatório no momento “mais adequado” para as partes envolvidas, mas deixa transparecer a intenção dos investigadores de colher os depoimentos ainda neste mês ou em julho. Quito confirmou o recebimento do documento sueco e está avaliando os termos propostos pelos promotores para se posicionar oficialmente. O Equador concedeu asilo político ao hacker para evitar que ele fosse enviado aos Estados Unidos, onde poderia enfrentar um julgamento pelo vazamento de informações confidenciais no Wikileaks.
(Da redação)