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Armas químicas sírias poderão ser destruídas no oceano

Após a Albânia rejeitar um pedido dos Estados Unidos, a Opaq estuda um meio de eliminar o arsenal químico dentro de um navio ou plataforma em alto mar

Por Da Redação
19 nov 2013, 20h15

As armas químicas desenvolvidas pelo regime do ditador sírio Bashar Assad poderão ser destruídas pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) no meio do oceano. Segundo diplomatas do Ocidente familiarizados com a questão e membros da própria Opaq, a medida passou a ser estudada após a Albânia rejeitar um pedido dos Estados Unidos para abrigar uma instalação que eliminaria os agentes tóxicos. A ideia é levar os armamentos químicos para um navio ou plataforma em alto mar, onde nenhum país teria direitos territoriais sobre as águas.

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“A única coisa que sabemos é que essa saída é totalmente possível” disse uma fonte ligada ao processo de destruição das armas químicas. Embora outros países, principalmente o Japão, já tenham organizado operações para neutralizar armas químicas no oceano, especialistas dizem que uma intervenção como a que destruiria o arsenal sírio nunca foi feita na história. A medida seria uma forma de facilitar o trabalho dos inspetores da Opaq, que precisam supervisionar a destruição de 1102,3 toneladas de material tóxico em meio a uma ininterrupta guerra civil entre forças aliadas ao ditador Assad e rebeldes opositores.

Ralf Trapp, um especialista independente em desarmamento químico, disse que a opção de destruir o arsenal no oceano não é surpreendente. “Ela teria que aparecer em algum momento”, afirmou. “Tecnicamente isso pode ser feito, e uma escala bem menor já foi neutralizada dessa forma”, acrescentou. Trapp se refere a bombas da II Guerra Mundial que o Japão destruiu em alto mar, entre 2004 e 2006, e outros equipamentos eliminados pelos Estados Unidos no Oceano Pacífico. O arsenal sírio, no entanto, exigiria maiores cuidados dos especialistas. “Se você usar a hidrólise ou incinerar os agentes tóxicos, haverá o vazamento de líquidos. Dessa forma, enfrentaríamos problemas ambientais que precisariam de uma solução”, disse Trapp.

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Países banhados pelas águas do Mediterrâneo certamente iriam se opor a uma operação em alto mar, o que também representaria um desafio para a Opaq e os outros estados envolvidos no processo de desarmamento. “Existem muitas questões técnicas e legais que precisam ser resolvidas. Mas esta poderá ser uma forma alternativa de resolver esse assunto”, reconheceu Trapp. De acordo com os relatórios enviados a Opaq pelo regime de Assad, a Síria possui um vasto estoque de gás sarin, mostarda e outros agentes letais para a população. A expectativa é de que o processo seja concluído nos meses de junho e julho de 2014.

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(Com agência Reuters)

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