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Arábia Saudita interromperá bombardeios aéreos contra o Iêmen

Exército do país disse que alcançou seus objetivos com a ofensiva, mas observadores internacionais contestam a veracidade das alegações sauditas

Por Da Redação
21 abr 2015, 17h37

A Arábia Saudita anunciou nesta terça-feira que interromperá por tempo indeterminado os bombardeios aéreos contra as milícias xiitas houthis que dominaram cidades estratégicas no Iêmen. A ofensiva havia sido batizada de “Tempestade Decisiva” e durou praticamente um mês. Segundo o porta-voz do Exército saudita, brigadeiro general Ahmed Asiri, o país trabalhará agora na busca de uma saída diplomática para o conflito iemenita. Asiri explicou que a nova fase da operação será chamada de “Restaurando a Esperança”.

O Exército saudita justificou a decisão dizendo que alcançou seus objetivos “através de um excelente planejamento, de uma execução muito precisa e da coragem de nossos pilotos, marinheiros e soldados”. O foco das novas operações será a restauração da segurança e o combate ao terrorismo. A intenção dos sauditas é reconduzir ao poder o destroçado governo iemenita, considerado pelos Estados Unidos um importante aliado no combate aos jihadistas da Al Qaeda no Oriente Médio. O porta-voz Asiri também esclareceu que tropas sauditas seguirão protegendo a fronteira de qualquer ameaça vinda do país.

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As declarações dos militares sauditas, no entanto, não foram bem recebidas por observadores internacionais que acompanhavam os bombardeios no Iêmen. A ofensiva aérea resultou em poucos avanços táticos e estratégicos no país, uma vez que o avanço das milícias houthis não foi inibido. Outra preocupação gira em torno dos territórios ganhos pela célula Al Qaeda da Península Arábia (AQAP), que deixou de operar apenas no sul do Iêmen para erguer bases na região leste do país. Um aeroporto encontra-se atualmente sob o controle dos terroristas islâmicos.

Analistas internacionais especulam também que o recuo da Arábia Saudita possa estar relacionado a algum tipo de pressão diplomática exercida pelo Irã. O país protestou por diversas vezes contra os bombardeios no Iêmen e poderia ter condicionado as negociações do acordo nuclear com os Estados Unidos e outras potências mundiais à retirada do Exército saudita. Na segunda-feira, a Marinha americana enviou um porta-aviões e um navio de mísseis guiados para águas próximas ao Iêmen. Por meio de um porta-voz, o Pentágono disse que as embarcações realizariam operações de segurança marítima, mas não teriam o objetivo de monitorar navios iranianos na região. A suspeita era de que Teerã pudesse entregar armas às milícias que expulsaram o presidente iemenita Abd Rabo Mansur Hadi e assumiram o controle do país.

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Segundo o site Politico, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta terça-feira que a intervenção iraniana no Iêmen “não é uma razão para interromper as negociações. Na verdade, é mais um grande incentivo para que as negociações tenham sucesso”. “Nós seguimos muito preocupados com relação ao comportamento do Irã [no Oriente Médio], mas isso só amplia a importância de um desfecho positivo para as conversas diplomáticas que impedirão o Irã de obter uma arma nuclear”.

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(Da redação)

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