Após vitória do “não”, Cameron promete mais poder para outras regiões do Reino Unido
Primeiro-ministro afirma que partidos devem fechar pacote de propostas até novembro
Por Da Redação
19 set 2014, 10h21
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, abriu nesta sexta-feira a porta para mudanças em todo o país após a rejeição da independência da Escócia no plebiscito da quinta-feira.
Com uma participação recorde que chegou a quase 85%, os residentes da Escócia maiores de 16 anos disseram “não” ao fim união que dura mais de 300 anos. Apesar da vitória, a consulta serviu de alerta para Londres repensar o poder desempenhado pelo Parlamento de Westminster.
Em declaração em frente à residência oficial de Downing Street, Cameron assegurou que os principais partidos britânicos – conservador, trabalhista e liberal-democrata – cumprirão “em sua totalidade” com a entrega de mais poderes à Escócia, como assuntos fiscais e do estado de bem-estar social.
O primeiro-ministro disse que acredita que até novembro os partidos vão fechar um pacote de transferências de poderes e redigir a legislação correspondente em janeiro de 2015.
Mas da mesma forma que Londres se compromete a “devolver” ao Parlamento de Edimburgo mais competências, o primeiro-ministro considerou que as outras “nações” que compõem o Reino Unido também deverão ter “voz” e assegurou que chegou a vez de Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte de tomar mais decisões.
“Escutamos a voz da Escócia e os direitos destes eleitores devem ser respeitados, preservados e aumentados”, assinalou. Segundo Cameron, seria “justo” que um novo acordo de autonomia com a Escócia seja acompanhado por outro que se aplique a “todos” os Estados que formam o Reino Unido.
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Segundo explicou Cameron, há propostas para que a Assembleia de Gales tenha mais poderes e que as instituições norte-irlandesas – surgidas após o acordo de paz de 1998 – trabalhem de “maneira efetiva”.
Segundo esse plano, o governo encarregará o ex-ministro britânico de Relações Exteriores William Hague para que ele elabore planos de concessão de poderes que deverão contar com um amplo apoio de todos os partidos do Parlamento de Westminster.
Por fim, Cameron disse que assunto da independência da Escócia está resolvido por pelo menos “uma geração”.
(Com agência EFE)
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