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Cem anos depois, bombas da I Guerra ainda preocupam

Rei Philippe, da Bélgica, recebeu autoridades europeias em Liège para lembrar o centenário da I Guerra Mundial. Crise na Ucrânia também foi citada

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h26 - Publicado em 4 ago 2014, 19h11

Os campos e bosques ao redor de Verdun, a região francesa de um dos combates mais devastadores e prolongados da I Guerra Mundial, podem parecer tranquilos, mas artefatos explosivos não detonados durante o conflito ainda representam uma ameaça, 100 anos depois. A batalha de Verdun, uma das mais sangrentas da I Guerra Mundial, deixou centenas de milhares de soldados alemães e franceses mortos entre fevereiro e dezembro de 1916.

Os presidentes da França e da Alemanha, François Hollande e Joachim Gauck, participaram de cerimônias de homenagem na Alsácia e Liège, no domingo e nesta segunda-feira, para reafirmar a solidariedade franco-alemã.

Nesta área do nordeste da França, e do outro lado da fronteira, na Bélgica, as memórias da guerra ainda estão presentes. Agricultores e visitantes de Verdun dizem encontrar regularmente peças de artilharia e granadas descartadas, vestígios da guerra que ainda são potencialmente letais. O agricultor Alain Doyen disse à agência de notíicias Reuters que depois de lavrar a terra em seus campos, muitas vezes ele encontra antigas bombas alemãs. “É um pouco assustador às vezes, porque quando você está no meio do campo não tem vontade de tocá-las. É melhor não deixá-las no meio dos campos, então eu tento movê-las para o lado.”

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Uma unidade para o controle de bombas na cidade vizinha de Metz está atribulada com as inúmeras solicitações por telefone de moradores e recolhe cerca de 40 toneladas de munições a cada ano. Todos os dias uma equipe de duas pessoas patrulha a região de Verdun procurando artefatos, cerca de 1 milhão dos quais foram disparados pelos alemães, em apenas uma das primeiras batalhas.

A construção de novas casas também revela regularmente grandes quantidades de projéteis durante as escavações, um atraso que muitas vezes precisa ser considerado na decisão de construir uma casa nova no setor. Dois especialistas da unidade de Metz foram mortos em 2007, após a explosão de uma bomba que estavam transportando.

Conflitos – Durante as cerimônias desta segunda-feira em Liège, na Bélgica, o rei Philippe discursou como anfitrião e afirmou que a cerimônia não era apenas “um tributo à coragem, dignidade e sacrifício daqueles que lutaram e viveram sob condições inumanas”, nem relembrava a “crueldade e a barbárie”, mas recordava os países de que “a paz não é só a ausência de guerra, mas um projeto compartilhado.”

Em meio às lembranças dos horrores da guerra, a atual tensão no leste do continente também foi recordada pelas autoridades. “Os eventos na Ucrânia mostram que a instabilidade ainda ameaça nosso continente”, disse o príncipe britânico William. “O risco agora é de que nós redescubramos aqueles egoísmos nacionais, o populismo e a xenofobia. Isso prova que a Europa precisa continuar seguindo adiante. Ela não pode se cansar e ninguém jamais pode se cansar da paz”, acrescentou o presidente francês, François Hollande.

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Vídeo: As homenagens para as vítimas da I Guerra Mundial

https://www.youtube.com/watch?v=H1h6n_GXAyM

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