Anarquistas assumem autoria de atentados no metrô de Santiago
Anúncio ocorre um dia após a prisão de três suspeitos de participação nos ataques
Um grupo anarquista chamado “Conspiração das células do fogo” (CCF) reivindicou a autoria dos atentados que ocorreram recentemente no metrô de Santiago e informou que eles tinham como alvo as “estruturas do poder” do Chile..
O último ataque, na terça-feira passada, deixou 14 feridos na praça de alimentação da estação de metrô Escola Militar, no bairro de classe média de Las Condes, no leste de Santiago. O governo classificou a ação como um ato “terrorista”. Um primeiro ataque, em julho, atingiu um vagão do metrô e não deixou feridos.
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O grupo anarquista destaca que não tinha a intenção de ferir o povo e que telefonou para os serviços de emergência dez minutos antes da explosão, esperando que a polícia evacuasse o local. “É preciso deixar claro que nosso objetivo não era mirar os consumidores ou funcionários, mas sim as estruturas, propriedades e os esbirros do poder”.
O anúncio do grupo ocorreu horas depois da prisão de dois homens por suspeita de envolvimento nos atentados. Os três suspeitos foram levados para uma delegacia de Ñuñoa, ao leste de Santiago, segundo a assessoria de comunicação da polícia. As detenções aconteceram em uma operação coordenada pelo Ministério Público de Santiago, que envolveu homens da polícia e da inteligência chilena.
Só este ano, houve no Chile pelo menos 26 ataques do tipo, a maioria sem muita gravidade. De acordo com estatísticas da polícia, dos 198 artefatos instalados desde 2005, 133 explodiram e a única vítima fatal foi justamente o autor de um dos atentados. Até o momento, a Justiça chilena já prendeu e condenou duas pessoas relacionadas aos ataques.
(Com agência France-Presse)