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Amigo ajudou Tsarnaev mesmo sabendo que ele era suspeito do atentado, diz promotoria

Azamat Tazhayakov começou a ser julgado por ter ajudado o terrorista da maratona de Boston. É o primeiro julgamento do atentado de abril de 2013

Por Da Redação
8 jul 2014, 07h46

Um amigo de Dzhokhar Tsarnaev retirou provas armazenadas no quarto do terrorista mesmo sabendo que ele estava por trás do ataque à maratona de Boston, afirmou nesta segunda-feira a Promotoria Federal dos EUA. As informações são do jornal Boston Globe. O estudante cazaque Azamat Tazhayakov, de 20 anos, é acusado de obstrução da Justiça e formação de quadrilha por ter ajudado Dzhokhar. Nesta segunda, teve início seu julgamento, o primeiro relacionado ao ataque, que ocorreu em abril de 2013 e deixou três mortos e centenas de feridos. Além de Tazhayakov, outros dois amigos de Dzhokhar Tsarnaev, o também cazaque Dias Kadyrbayev e Robel Phillipos, foram denunciados à Justiça e ainda aguardam julgamento, que devem começar em setembro.

Se for considerado culpado, Tazhayakov pode ser condenado a até 20 anos pela acusação de obstrução e até cinco pela de formação de quadrilha. Segundo a promotoria, três dias depois da explosão, Tazhayakov e Kadyrbayev retiraram do dormitório do terrorista na Universidade de Massachusetts-Dartmouth um computador e uma mochila com restos de explosivos. Eles fizeram isso logo depois de receberem uma mensagem de Dzhokhar pedindo para que fizessem isso e após o suspeito ter tido a foto divulgada pela imprensa.

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Dzhokhar chegou a enviar uma primeira mensagem uma hora e meia depois da explosão, na qual disse que não estava por trás do ataque. Só que segundo a promotoria, trocas de mensagens entre Tazhayakov e Kadyrbayev demonstraram que os dois sabiam que o colega havia cometido o atentado. A assistente da promotoria Stephanie Siegmann, apontou ainda que Dzhokhar anunciou para Tazhayakov e Kadyrbayev em um jantar em março de 2013 que sabia como fabricar uma bomba e que o terrorista e também disse que seria uma coisa boa morrer como um mártir.

O material descartado pela dupla foi depois recuperado pelo FBI no lixo. Tazhayakov afirmou em depoimento que não tinha certeza que Dzhokhar e seu irmão, Tamerlan Tsarnaev, estavam por trás do ataque. Determinar se os dois amigos sabiam sobre a ligação dos irmãos com o atentado é um dos objetivos da promotoria. A defesa de Tazhayakov usou neste primeiro dia como estratégia culpar em parte Kadyrbayev , afirmando que ele liderou a incursão ao dormitório com o objetivo de pegar a maconha guardada por Dzhokhar. O terceiro acusado no caso, Phillipos, foi denunciado por ter mentido sobre ter acompanhado a dupla de cazaques enquanto eles se livraram dos itens.

Coautor do atentado, Dzhokhar, hoje com 20 anos, enfrenta dezenas de acusações, várias delas passíveis de resultar em uma condenação à pena de morte. Assim como seus colegas da Universidade de Massachusetts-Dartmouth, ele também alegou ser inocente. Seu irmão mais velho Tamerlan morreu em uma troca de tiros com a polícia dias depois do ataque.

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