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Americanos são inocentados após 39 anos na prisão

Testemunha-chave admitiu ter mentido em depoimento nos anos 70

Por Da Redação
21 nov 2014, 20h18

Dois americanos que passaram 39 anos na prisão foram libertados nesta sexta-feira após serem inocentados de um assassinato cometido em 1975. A ordem de soltura foi expedida após uma testemunha-chave do caso – que tinha apenas doze anos à época – admitir que mentiu em seu depoimento.

Ricky Jackson, de 57 anos, e Wiley Bridgeman, de 60, passaram quase quatro décadas em uma prisão do condado de Cyyahoga, no Estado de Ohio. O caso contra eles começou a desmoronar em 2011, quando uma reportagem levantou dúvidas sobre o testemunho de Eddie Vernon, que hoje tem 52 anos.

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Vernon só recuou no ano passado, quando disse pela primeira vez que policiais de Cleveland o forçaram a testemunhar contra Jackson e Bridgeman e o irmão deste último, Ronnie. Com o falso testemunho, os três acabaram sendo apontados como os culpados pelo assassinato do empresário Harry Franks durante um assalto em uma rua de Cleveland. O crime ocorreu em 19 de maio de 1975. De acordo com a retratação, Vernon não estava nem perto do local quando o crime ocorreu.

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Os três homens foram incialmente sentenciados à morte mas, pouco depois, as penas foram comutadas para sentenças de prisão perpétua.

Ronnie, que tem 57 anos, já havia sido solto em janeiro de 2003 por bom comportamento. Nesta sexta-feira, ele compareceu à audiência que resultou na soltura do seu irmão e de Jackson. A medida também resultou na retirada definitiva das acusações contra Ronnie. A decisão da Justiça contou com uma recomendação do Ministério Público local.

O juiz Richard McMonagle, que assinou a soltura, declarou que “a vida é cheia de pequenas vitórias e esta é uma das grandes”. Jackson, por sua vez disse para redes de TV, disse que “a língua inglesa nem serve para descrever o que estou sentindo”. Wiley Bridgeman afirmou que nunca perdeu a esperança de ser solto. “Você continua lutando, continua tentando”, disse.

Vernon compareceu a uma audiência do caso na terça-feira. Na ocasião. ele chorou e descreveu o peso da culpa que carregou nas últimas décadas. “Foi preciso muita coragem para fazer o que ele fez”, disse Jackson, ao sair da cadeia. “No final, ele se arrependeu, e sou grato por isso”.

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