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Alemanha decide fechar suas usinas nucleares mais velhas

A França fala em rediscutir tema, mas admite que não pode abrir mão das usinas

Por Da Redação
15 mar 2011, 08h54

“Dizer aos franceses que vamos abandonar a energia nuclear é mentir para eles”, reconheceu o ministro Alain Juppé, lembrando que não há alternativas a curto prazo

O medo de uma tragédia nuclear depois do terremoto no Japão já provoca decisões drásticas em outro país que também é conhecido pelo grande avanço tecnológico e elevados padrões de segurança. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ordenou nesta terça-feira que todas as usinas de energia atômica mais antigas do país sejam desligadas. Na véspera, ela já tinha decidido suspender por três meses um polêmico plano que previa prolongar a vida útil das centrais nucleares.

De acordo com a chanceler, a desconexão afeta “todas as usinas que foram construídas antes de 1980”. As que foram construídas depois desse ano devem continuar funcionando normalmente enquanto durar a moratória de três meses, indicou ela. O anúncio foi feito depois de uma reunião entre Merkel e os chefes do governo de cinco estados alemães que têm usinas nucleares. Também estavam presentes os ministros Norbert Röttgen (Meio Ambiente) e Reiner Brüderle (Economia).

Sem mentir – Na vizinha França, a situação japonesa também alarma o governo, que passou a defender um debate sobre a questão nuclear no país – que conta com 19 centrais nucleares, equipadas com um total de 58 reatores. “É necessário que haja uma discussão sobre a segurança nuclear. Precisamos trabalhar com máximo rigor”, defendeu o ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, depois de uma conversa com o colega japonês Takeaki Matsumoto, nesta terça-feira.

Infográfico: O interior de um reator e as medidas de segurança em caso de acidente

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Juppé mostrou estar bastante alarmado pelo relato transmitido pelo ministro japonês durante a conversa. “A situação é extremamente grave. O risco é elevado demais”, informou. Com 75% de sua energia produzida por usinas nucleares, o país deverá colocar em discussão os sistemas que garantem a segurança dos reatores. “Mas dizer aos franceses que vamos abandonar a energia nuclear é mentir para eles”, admitiu o ministro, lembrando que não há alternativas a curto prazo.

Balanço – De acordo com o último relatório anual da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), pelo menos 437 reatores nucleares estão em operação atualmente no mundo. Trinta países têm usinas atômicas. O documento, com dados atualizados em 1º de janeiro de 2010, calcula a potência total de geração de energia desses reatores em 370.187 megawatts. Além disso, outros 55 reatores, com um potencial conjunto de 50.855 megawatts, estavam em construção em 2009.

(Com agência France-Presse)

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