Adolescente indiana é estuprada, baleada e abandonada em poço
Encontrada no início de dezembro, jovem diz a emissora de TV ter passado 15 dias em poder dos estupradores
Uma adolescente indiana sequestrada durante duas semanas por três criminosos contou neste domingo a uma emissora de TV que sofreu repetidos estupros e, ferida a tiros, foi abandonada em um poço na cidade de Greater Noida, periferia de Nova Deli, capital da Índia. A vítima, que segundo a imprensa local tem 14 anos, disse ter sido sequestrada em 22 de novembro, quando ia ao mercado, a oeste da capital.
A jovem, que não teve a identidade revelada, explicou ao canal de televisão NDTV que os três sequestradores a prenderam em um quarto escuro durante duas semanas e a estupraram em várias ocasiões. Ela chegou a ficar quatro dias seguidos sem se alimentar. “Após 15 dias de abusos repetidos, me disseram uma noite que estavam dispostos a me deixar ir. Me empurraram dentro de um carro e dirigiram até uma loja que vendia álcool antes de estacionarem perto de um poço”, relatou a adolescente, de costas para a câmera de televisão. “Me disseram que iriam me deixar andar, mas enquanto eu caminhava atiraram em mim duas vezes. A primeira bala acertou em um osso, não senti nada, estava anestesiada. Mas depois da segunda bala desmaiei”, contou.
Ela acordou no fundo de um poço, onde os agressores a deixaram, convencidos de que estava morta. “Quando me dei conta, vi que tinha uma bala no peito e a tirei com a mão”. A televisão mostrou imagens de uma ferida.
Em 6 de dezembro, moradores da região a resgataram do poço, alertados por seus gritos, e a adolescente foi transferida para um hospital. Segundo a imprensa local, a polícia prendeu três homens relacionados ao caso, com idades entre 24 e 35 anos. “Quero que enforquem os estupradores. Ninguém deveria sofrer o que eu sofri”, disse a jovem.
Em 2012, o estupro coletivo e o assassinato de uma estudante em Nova Deli comoveu o país e chamou a atenção sobre a violência sofrida pelas mulheres. Embora as leis que punem o crime de estupro tenham sido endurecidas, os casos de agressões continuam sendo muito numerosos.
(com Agência France Presse)