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A Tunísia está em “guerra contra o terror”, diz presidente após atentado

Béji Caid Essebsi afirmou, em pronunciamento na TV, que o terrorismo será combatido 'sem piedade'. Ataque em museu da capital deixou mais de vinte mortos

Por Da Redação
18 mar 2015, 21h47

O presidente da Tunísia prometeu combater o terrorismo “sem piedade”, depois do atentado contra o Museu do Bardo, na capital Túnis. “Eu quero que o povo tunisiano compreenda que nós estamos em guerra contra o terrorismo e que essas minorias selvagens não nos dão medo. Nós vamos combatê-las sem piedade até nosso último suspiro”, declarou Béji Caid Essebsi, durante um breve pronunciamento na TV. “A democracia vai vencer e vai sobreviver”.

As informações sobre o número de mortos no ataque ainda divergem, mas ao menos dezessete turistas estrangeiros estão entre as vítimas fatais, além de dois tunisianos e um policial envolvido na operação para libertar reféns. Entre as vítimas fatais estão cinco japoneses, quatro italianos, dois colombianos, dois espanhóis, dois franceses, um australiano e um polonês. Uma informação de que haveria um brasileiro entre os mortos foi negada pelo Itamaraty. Há uma vítima não identificada.

Os terroristas, usando uniformes militares, abriram fogo contra os visitantes no momento em que deixavam os ônibus turísticos. Vídeos do momento do ataque mostram o desespero das pessoas tentando fugir. Muitos correram para dentro do museu, onde foram caçados pelos atiradores. Cerca de duas horas depois, forças de segurança invadiram o local, mataram dois terroristas e libertaram os reféns, conforme o relato das autoridades. Outros três terroristas envolvidos no ataque conseguiram escapar.

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Durante a noite, centenas de tunisianos foram às ruas no centro da capital para uma manifestação contra o terrorismo. Muitos levaram bandeiras e acenderam velas na frente do museu. Além dos muitos mortos, o atentado também deixou mais de quarenta feridos.

O prédio do museu fica ao lado do Parlamento da Tunísia. No momento do ataque, os deputados discutiam exatamente uma legislação antiterror para o país. O prédio foi evacuado como medida de segurança. Horas depois, no entanto, foi reaberto para uma sessão extraordinária.

Reações – A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, ofereceu condolências às famílias das vítimas e disse que os países do bloco “apoiam totalmente a Tunísia na luta contra o terrorismo”. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os Estados Unidos “continuam ao lado de seus parceiros tunisianos contra o terror”.

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O ataque representa um golpe para um setor chave da economia, o turismo, em um país que tenta consolidar sua transição para a democracia depois da revolta que provocou a queda do ditador Zine Bem Ali em 2011. No final do ano passado, o berço da Primavera Árabe realizou sua segunda eleição parlamentar, derrotando a ideia de um Estado regido por leis religiosas.

A Tunísia foi o país que trilhou o melhor caminho desde 2011 no campo político, mas as forças de segurança ainda lutam para combater o extremismo islâmico. A preocupação aumenta diante do caos na vizinha Líbia e também porque um grande número de tunisianos foi nos últimos meses para a Síria e o Iraque para se juntar a grupos jihadistas.

(Da redação)

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