Violência da Síria respinga no Líbano e deixa dois mortos
Somente no domingo, nove pessoas morreram em várias cidades sírias
Ao menos duas pessoas morreram na cidade de Trípoli, no Líbano, em confrontos étnicos entre muçulmanos sunitas e membros da minoria alauíta, impulsionados pela violência do país vizinho, a Síria. Os conflitos começaram quando grupos alauítas armados atacaram guerrilheiros sunitas, depois que um clérigo sunita foi preso por ajudar refugiados sírios.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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A tensão é alta na fronteira entre Líbano e Síria desde o início da revolta contra o ditador sírio Bashar Assad, um alauíta. Em fevereiro, duas pessoas morreram em conflitos entre apoiadores e opositores de Assad. Desde a guerra civil libanesa (1975 – 1990), a minoria alauíta combate os seus vizinhos sunitas (maioria nos dois países), e, quando a revolta síria começou, muitos temeram um possível recomeço do conflito.
Violência – Enquanto isso, no lado sírio da fronteira, a violência continua de forma resoluta, apesar do cessar-fogo imposto há um mês, e sumamente ignorado. Combates entre tropas leais ao regime sírio e desertores afiliados à oposição deixaram nove mortos neste domingo na Síria, sendo sete deles civis, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O OSDH já contabiliza mais de 900 mortos desde o cessar-fogo, das quais 700 seriam civis. Em quase 14 meses, a repressão e os combates deixaram mais de 12.000 mortos, a maioria civis.
(Com agência France-Presse)