Vigia é acusado formalmente pelo assassinato de jovem

George Zimmerman desistiu de julgamento rápido para preparar defesa

Por Da Redação
8 Maio 2012, 16h34

George Zimmerman, acusado de matar um jovem negro na Flórida (Gary W. Green/REUTERS/VEJA)

O vigia voluntário George Zimmerman foi acusado formalmente nesta terça-feira pelo assassinato em segundo grau do jovem negro Trayvon Martin na Flórida, depois de ter renunciado ao seu direito a um julgamento rápido e de ter pedido mais tempo para a sua defesa, indicaram fontes judiciais.

“A acusação formal foi feita sem a presença do réu, de seu advogado ou do promotor”, confirmou à AFP a porta-voz do tribunal da Flórida responsável pelo caso, Michelle Kennedy.

Antes da audiência desta terça-feira, o advogado de Zimmerman, Mark O’Mara, havia apresentado duas moções. Em uma delas, explicava precisar de “mais tempo para preparar” a defesa de seu cliente. O documento revela que a acusação não se opôs à solicitação.

A lei faculta aos acusados de crimes graves um julgamento dentro de um prazo de 175 dias depois de terem recebido as acusações contra si. Frequentemente, porém, eles renunciam a esse direito para que seus advogados se preparem da melhor forma possível para sua defesa.

Zimmerman, de 28 anos e filho de um americano com uma peruana, é acusado do assassinato em segundo grau de Trayvon Martin, o jovem negro de 17 anos que morreu baleado quando caminhava desarmado em direção à casa onde seu pai estava.

O caso, ocorrido no dia 26 de fevereiro deste ano, provocou um forte debate sobre o racismo nos Estados Unidos, porque, segundo seus pais, a polícia e a justiça tomaram como verdadeira a primeira versão do vigia, detido apenas seis semanas após o crime e em meio a manifestações populares em várias cidades do país que exigiam sua detenção.

(Com agência AFP)