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Único canal crítico ao governo venezuelano é vendido

Sob nova direção, Globovisión passará por mudanças na linha editorial

Por Da Redação
15 Maio 2013, 00h25

A única emissora de televisão que ainda mantém uma linha crítica ao governo na Venezuela teve sua venda concluída esta semana. A Globovisión, no ar desde 1994, passa a ter como principal acionista o economista Juan Domingo Cordero, ex-presidente da Bolsa de Valores de Caracas. O fundador do canal, Guillermo Zuloaga, foi detido em 2010 depois de criticar a falta de liberdade de expressão no país. Solto pouco depois, foi proibido de deixar a Venezuela, mas hoje mora nos Estados Unidos.

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Zuloaga denunciou a inviabilidade financeira da TV diante da pressão do governo chavista à emissora que é considerada de oposião pelo oficialismo. Ou pelo menos era, já que a linha editorial poderá ser alterada sob a nova administração. Um dos diretores é Leopoldo Castillo, um crítico do governo, que já afirmou que o canal passará por uma mudança gradual para uma linha editorial de centro.

Nesta terça, o outro diretor da Globovisión, Vladimir Villegas, anunciou que não vai continuar no cargo. Villegas foi vice-ministro chavista e é irmão do ministro da Informação, Ernesto Villegas, mas se declara um ex-chavista. Ele justificou sua decisão dizendo que suas competências para o cargo foram limitadas.

“Não houve acordo sobre minhas competências como diretor e isso é fundamental. Não chegamos a um acordo sobre até onde elas podiam chegar, sobre todas as decisões relacionadas a material, programação, linha editorial. Por isso, os acionistas e eu achamos que era melhor que eu não assumisse o cargo porque isso podia ser um fator de instabilidade”, explicou Villegas em entrevista à emissora Unión Radio, onde tem um programa. “Para ter divergências a respeito do que vão fazer, prefiro não assumir. O jornalismo com o qual sonho é livre, autônomo”.

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Papel higiênico – Também nesta terça, o ministro do Comércio, Alejandro Fleming, informou que o governo vai importar 50 milhões de rolos de papel higiênico. Ele negou que haja deficiências na produção e apontou a alta demanda como causa da escassez do produto. Fechando os olhos para os problemas estruturais na economia venezuelana, o ministro culpou também a imprensa pelo desequilíbrio no mercado. “Não há deficiência na produção, mas sim uma demanda excessiva que gerou compras nervosas pela população, em decorrência da campanha midiática gerada para perturbar o país. Vamos saturar o mercado para que nosso povo se tranquilize e compreenda que não deve se deixar manipular”.

Na última semana, o presidente Nicolás Maduro realizou um giro pelos países do Mercosul para confirmar o apoio de José Mujica, Cristina Kirchner e Dilma Rousseff ao seu governo e também para ‘passar o pires’ e garantir o abastecimento de alimentos e itens de higiene pessoal.

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(Com agências AFP e EFE)

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