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Ucrânia diz que 30.000 soldados russos ocupam a Crimeia

Número representa o dobro de estimativa anterior; anúncio ocorre no momento em que Parlamento russo afirma que vai apoiar eventual decisão sobre anexação da região

Por Da Redação
7 mar 2014, 11h49

O serviço de guarda das fronteiras da Ucrânia (SGU) informou nesta sexta-feira que Moscou tem cerca de 30.000 soldados na região da Crimeia. O número representa o dobro da estimativa anterior divulgada pelo governo interino do país no fim de semana passado.

Serhiy Astakhov, assessor do chefe do serviço de guardas da fronteira, disse que o número é uma estimativa que inclui tanto as tropas que chegaram na semana passada quanto os militares da frota russa no mar Negro, que têm base permanente no porto de Sebastopol.

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A Rússia, cujas forças ocuparam a península da Crimeia na semana passada, diz que as únicas tropas que possui na região são aquelas com base no porto de Sebastopol, mas há centenas de tropas que permanecem ocupando posições na Crimeia sem insígnias em seus uniformes e que dirigem veículos com placas militares russas.

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Por sua vez, o diretor de Recursos Humanos do SGU, Mikhail Koval, não esclareceu quantos soldados ucranianos permanecem na península rebelde, mas assegurou que todos os destacamentos da guarda de fronteiras e das Forças Armadas desdobradas na Crimeia seguem em seus postos.

Parlamento – A divulgação do aumento de tropas de ocupação ocorre um dia após o Conselho Superior da Crimeia (Parlamento regional) ter aprovado uma resolução que pede a anexação da região pela Rússia. Também foi estabelecida a data para um referendo sobre a questão no dia 16 de março.

Logo após a decisão ser adotada, o vice-primeiro-ministro do autoproclamado governo da república rebelde, Ruslan Temirgaliev, disse à imprensa que as forças armadas russas enviadas para península serão consideradas legais, e o restante (as ucranianas), “de ocupação”.

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Em Kiev, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, disse que a decisão do Parlamento da Crimeia foi “ilegal e ilegítima” e que o legislativo ucraniano vai a iniciar um processo para dissolver o Parlamento da região autônoma.

Enquanto isso, a Câmara Alta do Parlamento da Rússia disse que vai apoiar o governo local da Crimeia se a população decidir se juntar ao território russo. A afirmação foi feita pela presidente de Casa, Valentina Matvienko, nesta sexta-feira. À rede CNN, Valentina afirmou que “nenhuma das sanções” aplicadas pelos Estados Unidos e União Europeia, será suficiente para que os parlamentares alterem essa postura. As afirmações foram feitas após reunião com o representante do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov.

“Se o povo da Crimeia decidir se juntar à Rússia no referendo, nós, da Câmara Alta, certamente vamos apoiar essa decisão”, afirmou Valentina. “Nós não temos direito de abandonar nosso povo quando há uma ameaça contra ele. Nenhuma sanção será capaz de mudar nossa atitude”, completou.

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A Crimeia tem dois milhões de habitantes, dos quais 60% são russos. Outros grupos significativos incluem 26% ucranianos e 12% tártaros, favoráveis a manter a região dentro da Ucrânia.

Polônia – Também nesta sexta-feira, o ministro polonês de Defesa, Tomasz Siemoniak, confirmou que os primeiros caças F-16 e pelo menos 300 militares dos Estados Unidos chegarão ao território polonês “na próxima segunda-feira ou terça-feira”, onde participarão de exercícios de treinamento e vão reforçar a presença militar da Otan na região.

Segundo anunciou o Pentágono nesta quarta-feira, sua intenção é reforçar a cooperação militar com a Polônia, decisão que coincide com a crise da vizinha Ucrânia.

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Na quarta-feira o chefe do Pentágono, Chuck Hagel, anunciou que durante a crise na Ucrânia os Estados Unidos aumentarão a ajuda militar a seus aliados da aliança militar da Otan, incluindo a Polônia e as repúblicas bálticas.

(Com agências Reuters e EFE)

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