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Tutu pede fim das brigas entre familiares de Mandela

Nobel da Paz diz que discórdia é como 'cuspir na cara' de sul-africano

Por Da Redação
5 jul 2013, 10h46

O arcebispo e Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu pediu, nesta sexta-feira, o fim das brigas entre os membros da família do ex-presidente Nelson Mandela. O vice-presidente da África do Sul, Kgalema Motlanthe, fez o mesmo apelo e disse que a disputa sobre o funeral de três filhos de Mandela “pode ser resolvida de uma maneira digna”.

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“Por favor, por favor, por favor, podemos pensar não só em nós mesmos? É quase como cuspir na cara de Mandela”, disse Tutu em um comunicado. “Sua dor, agora, é a dor da nação – e do mundo. Queremos abraçá-los e apoiá-los, para fazer nosso amor a Mandela brilhar através de vocês. Por favor, podemos não manchar seu nome?”, completou o arcebispo que, como Mandela, ganhou o Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid.

Saúde – Enquanto isso, há dúvidas sobre o estado de saúde de Mandela, que está internado há quatro semanas em um hospital de Pretoria devido a uma infecção pulmonar recorrente. Um documento judicial apresentado pela família Mandela ao tribunal de Mthatha e divulgado na quinta-feira indicou que o ex-presidente está em “estado vegetativo irreversível”. O documento, com data de 26 de junho, informa que os médicos aconselharam os parentes de Mandela a desligar os aparelhos que o mantêm vivo. A família ainda não teria se decidido sobre esta possibilidade.

Porém, o presidente Jacob Zuma negou a informação de que Mandela estaria em estado vegetativo. “Madiba continua em estado crítico, mas estável. Os médicos negam que o ex-presidente está em um estado vegetativo”, disse em comunicado Zuma, que visitou o símbolo da luta contra o apartheid na quinta-feira. A CNN também informou nesta sexta, citando uma fonte anônima, que o tratamento de Mandela envolve diálise nos rins e que ele abre os olhos quando falam com ele. Segundo a fonte, ele não está em estado vegetativo.

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Disputa – O documento com os detalhes do quadro clínico de Mandela foi entregue ao tribunal na semana passada, como parte do processo que parte da família movia contra o neto mais velho de Mandela, Mandla, de 38 anos – que acabou derrotado na Justiça.

Em 2011, Mandla transferiu os restos mortais de três filhos de Mandela (entre eles o de seu pai) de Qunu, onde o ex-presidente passou a infância, para a aldeia natal do ex-presidente e onde ele vive, Mvezo. Não houve consentimento da família, que o acusou de roubá-los para construir um memorial e lucrar com turismo. Dezessete parentes foram à Justiça para exigir a devolução dos corpos a Qunu. Na quarta-feira, um juiz ordenou que Mandla devolvesse os restos mortais a Qunu. Poucas horas depois, a polícia foi a sua propriedade em Mvezo para recuperá-los. Mandla acusa seus familiares de serem vingativos e de tentar controlar o legado de Mandela.

Os restos mortais em questão são de três filhos de Mandela: Thembekile, que morreu em 1969 em um acidente de carro; Makaziwe, que morreu com nove meses em 1948; e o pai de Mandla, Makgatho, morto em 2005 devido a doenças relacionadas à aids. Apesar de não ter dado instruções exatas sobre seu funeral, Mandela já expressou várias vezes seu desejo de ser enterrado em uma cerimônia simples em Qunu, junto a seus filhos. Na quinta-feira, os restos mortais foram enterrados novamente em Qunu, após serem submetidos a uma necropsia para confirmar sua legitimidade.

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Revoltado com a sua derrota na Justiça, Mandla Mandel, organizou na quinta-feira uma coletiva de imprensa, exibida ao vivo para todo o país, para “acertar as contas” com vários membros da família.” Estou no centro do ataque de indivíduos que buscam um minuto de glória e atenção midiática às minhas custas”, afirmou. Embora tenha negado querer “lavar roupa suja em público”, atacou pessoalmente vários deles. As declarações não foram bem recebidas pelos sul-africanos.

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