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Tio deposto de líder norte-coreano está vivo e seguro, diz ministro sul-coreano

Jang Song Thaek, segundo homem mais poderoso na Coreia do Norte, foi visto pela última vez há um mês

Por Da Redação
4 dez 2013, 09h18

O tio do ditador norte-coreano Kim Jong-un está vivo e aparentemente seguro, disse o ministro de Unificação da Coreia do Sul nesta quarta-feira, um dia após o serviço de inteligência sul-coreano informar que ele havia sido destituído da política. Jang Song Thaek, considerado o segundo homem mais poderoso na reclusa e empobrecida Coreia do Norte, foi visto em público pela última vez no início de novembro em uma partida de basquete entre a seleção norte-coreana e um combinado de equipes japonesas, em Pyongyang. “Thaek não corre nenhum perigo físico”, disse o ministro de Unificação, Ryoo Kihl-jae, a parlamentares em uma reunião de emergência em Seul.

A reunião foi convocada para discutir as mudanças no Norte, que tecnicamente permanece em estado de guerra com o Sul já que o conflito (entre 1950 e 1953) terminou apenas com uma declaração conjunta de trégua. A mulher de Jang, Kim Kyong Hui, também parece estar segura, acrescentou Ryoo, sem dar mais detalhes. O serviço de inteligência sul-coreano especulava que Jang Song Thaek e sua mulher poderiam estar presos em algum dos campos de ‘reeducação’ da Coreia do Norte – instituições prisionais com condições muito precárias.

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Segundo John Swenson-Wright, professor da Universidade de Cambridge especialista em Coreias ouvido pela BBC, Jang Song Thaek e sua mulher eram mentores e conselheiros de Kim Jong-un, mas esse tipo de tutela parece ter sido substituído por um sistema ainda mais centralizado, no qual o jovem ditador tenta enfatizar seu monopólio do poder.

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Ainda de acordo com Swenson-Wright, Thaek também teria se desgastado entre seus pares na Coreia do Norte por exibir ostensivamente sua favorável condição financeira em público, num país onde a maioria da população é miserável e a comida é racionada. Com 67 anos, Thaek também mantinha laços estreitos com a China, tendo viajado pela última vez a Pequim para uma visita em agosto de 2012. Sua remoção pode afastar a proximidade dos chineses do centro do poder em Pyongyang, já que o ditador Kim Jong- un é praticamente inacessível.

Autoridades de inteligência do Sul disseram nesta terça-feira acreditar que duas pessoas próximas a Thaek foram executadas em público no mês passado, acusadas de corrupção. As mesmas autoridades informaram que Jang Song Thaek foi destituído do cargo de vice-diretor da poderosa Comissão Nacional de Defesa e da diretoria do Partido dos Trabalhadores.

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Analistas que acompanham a estrutura de poder da Coreia do Norte dizem que a remoção de Thaek não seria possível sem a aprovação do ditador Kim Jong-un, seu sobrinho e pupilo. A medida deve aumentar o poder de outra autoridade de destaque, Choe Ryong Hae, um dos principais operadores políticos do Exército norte-coreano, o que pode significar uma vitória simbólica para as Forças Armadas.

(Com agência Reuters)

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