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Tensão no leste da Ucrânia faz Rússia falar em guerra civil

Kremlin adverte governo de Kiev sobre 'preparativos militares' na região, novo foco de instabilidade. Para Ucrânia, tudo é parte do roteiro escrito pelos russos

Por Da Redação
8 abr 2014, 06h43

A Rússia advertiu nesta terça-feira a Ucrânia para que desista de todo tipo de “preparativos militares” para deter protestos pró-russos nas regiões do leste ucraniano, pois as ações poderiam provocar uma guerra civil. O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que possui informações sobre o envio de tropas do Ministério do Interior e da Guarda Nacional da Ucrânia à região de Donetsk, que enfrentou atos de manifestantes pró-Rússia no fim de semana – após a invasão de prédios públicos, forças de segurança ucranianas retomaram o controle dos edifícios nesta segunda-feira. Segundo a Rússia, entre as tropas estão “guerrilheiros do partido armado ilegal Pravy Sektor (Setor de Direita)”.

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“Eles têm como missão sufocar os protestos dos moradores contra a política das atuais autoridades de Kiev”, diz uma declaração divulgada no site da Chancelaria russa. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores russo ressaltou que “causa especial preocupação o fato de que participam desta operação cerca de 150 especialistas americanos da organização militar privada Greystone, que utilizam uniformes da unidade (especial ucraniana) Sokol”. A Greystone é uma empresa de segurança privada americana, com sede em Barbados, que emprega ex-militares e “mercenários”. Sua atuação na Ucrânia, porém, não está confirmada.

A declaração do Kremlin, em determinado trecho, trata os militantes que defendem a anexação pela Rússia, a exemplo do que ocorreu com a região da Crimeia, como meros cidadãos sem direito à liberdade de expressão. “Os participantes e organizadores desta provocação assumem uma enorme responsabilidade por criar ameaças aos direitos, às liberdades e à vida de cidadãos pacíficos da Ucrânia, além de também ameaçar a estabilidade de Estado ucraniano”, afirma a nota. O texto conclui com um pedido para que seja “interrompido, imediatamente, todo tipo de preparativos militares, que poderiam levar à explosão de uma guerra civil”.

Desestabilização – Para a Ucrânia, a Rússia nada mais faz do que assumir a suposta defesa de grupos orquestrados para criar uma atmosfera de instabilidade. O primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk afirmou que o objetivo dos invasores é “desestabilizar” o país, permitindo que “tropas estrangeiras cruzem a fronteira e ocupem os territórios”.

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“Existe um roteiro escrito pela Rússia, cuja proposta é basicamente uma: desmembrar e destruir a Ucrânia. Isso não pode acontecer”, acrescentou. O governo russo possui milhares de tropas postadas na fronteira com o leste ucraniano e disse que está “acompanhando de perto” os acontecimentos no país.

Precedente – Na Crimeia, a ocupação russa teve início no final de fevereiro, depois da destituição do então presidente ucraniano Viktor Yanukovich, aliado de Moscou. Inicialmente, dezenas de homens com fuzis, granadas e uniformes camuflados, sem identificação de nacionalidade na farda, invadiram o Parlamento, em Simferopol, a capital crimeana. Eles falavam russo e não deixaram os funcionários entrar.

Dois dias depois, mais de 16.000 soldados russos, também sem identificação, cercaram as bases militares. Emissoras de televisão pró-Ucrânia tiveram a transmissão interrompida e passaram a sintonizar o canal Rússia 24. Também em Donetsk, segundo uma agência de notícias ucraniana, homens armados tentaram invadir o prédio de uma emissora de TV, mas foram impedidos pela polícia.

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(Com agência EFE)

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