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Susan Rice será nova conselheira de segurança nacional

Envolvida no escândalo sobre a manipulação de informações relacionadas ao ataque ao consulado americano em Bengasi deverá ser nomeada nesta quarta para um dos mais importantes cargos da política externa do governo Obama

Por Da Redação
5 jun 2013, 10h36

O presidente Barack Obama deverá anunciar nesta quarta-feira a nomeação de Susan Rice para o cargo de conselheira de segurança nacional do governo americano. Ela deverá substituir Tom Donilon, que renunciou ao cargo. A indicação, que não depende de aprovação do Senado, desafia os republicanos, que criticaram duramente a diplomata por ter divulgado informações erradas sobre os dados que os Estados Unidos tinham a respeito da insegurança na Líbia, depois do ataque ao consulado de Bengasi que causou a morte do embaixador Christopher Stevens e de outros três funcionários. Susan Rice, de 48 anos, era cotada para suceder Hillary Clinton no comando do Departamento de Estado, mas a insatisfação republicana com sua atuação fez com que ela abandonasse as ambições, uma vez que não teria sua indicação aprovada pelos senadores. Agora, ela ocupará um dos cargos de maior poder na política externa americana.

Logo depois do ataque ao consulado, Susan Rice fez um périplo pelos programas noticiosos da TV dizendo que a ação decorria de um protesto espontâneo contra um vídeo no YouTube satirizando o profeta Maomé e não de um ataque terrorista premeditado. A versão foi logo desmentida pelos fatos. O ataque foi organizado e executado por uma milícia islâmica, sem nada de espontâneo. Os republicanos a acusaram de manipular a verdade por razões políticas, o que era, de fato, a intenção do governo Obama, como ficou provado recentemente. Uma reportagem da rede ABC News revelou que houve uma frenética negociação entre a Casa Branca, o Departamento de Estado e a CIA em torno de uma “operação-abafa” para evitar acusações de que o governo nada fez sobre ameaças à representação americana na Líbia em um momento crucial, às vésperas das eleições presidenciais.

Depois de descartar sua candidatura para suceder Hillary, Susan voltou a se dedicar ao trabalho de embaixadora americana nas Nações Unidas. Depois do episódio, ela manteve um perfil discreto, como apontou o jornal The New York Times, imergindo em assuntos relacionados à Síria e à Coreia do Norte. Aliada próxima de Obama, ela manteve a confiança da Casa Branca, desempenhando um papel importante em debates sobre questões como armar ou não os rebeldes sírios.

Nações Unidas – Donilon deverá deixar o cargo no início de julho. Para o lugar de Susan nas Nações Unidas, Obama deverá indicar Samantha Power, vencedora de um prêmio Pulitzer pelo livro Genocídio, que aborda a inação dos Estados Unidos diante dos maiores genocídios do século XX. Ela serviu como diretora de assuntos multilaterais e direitos humanos no Conselho Nacional de Segurança durante o primeiro mandato do democrata. Sua indicação terá de ser aprovada pelo Senado.

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