Sobe para 37 o número de mortos em terremoto no Irã
Tremor aconteceu perto de usina nuclear, mas não afetou segurança da central
O terremoto de magnitude 6,3 que atingiu a província de Busher, no sul do Irã, na terça-feira, já deixou 37 mortos, 850 feridos e mais de 800 casas destruídas no país. Nesta quarta, as equipes de resgate continuavam trabalhando na região afetada em busca de sobreviventes.
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Segundo o governador de Busher, Fereydum Hasanvand, os feridos foram levados para hospitais localizados fora da zona do tremor, como precaução para o caso de réplicas do terremoto.
Cerca de 10.000 pessoas perderam suas casas ou simplesmente fugiram por medo de novos abalos sísmicos e passarão a noite na rua, segundo a agência iraniana Ilna. Dúzias de réplicas, algumas delas com mais de 5 graus de magnitude, foram sentidas na região.
Usina nuclear – O terremoto aconteceu perto da usina nuclear de Busher, mas, de acordo com a companhia russa que construiu a central, o funcionamento da planta não foi alterado. “O terremoto de forma alguma afetou a situação normal do reator. Funcionários continuam a trabalhar em regime normal e os níveis de radiação estão totalmente dentro da norma”, afirmou um funcionário para a agência de notícias estatal russa RIA.
O Irã é o único país que opera uma central nuclear sem fazer parte da Convenção de Segurança Nuclear, negociada depois do desastre de Chernobyl. A ONU e autoridades ocidentais insistem que o país deve aderir ao documento. Teerã tem rejeitado repetidamente os avisos sobre a planta de Bushehr, construída em uma área de grande atividade sísmica. A central entrou em operação em setembro de 2011, depois de décadas de adiamento.
Histórico – O Irã se encontra em uma zona de grandes falhas terrestres e os terremotos são comuns em todo o país. Em agosto do ano passado, foram registrados tremores consecutivos de 6,2 e 6 graus na escala Richter, que deixaram mais de 300 mortos e 4.500 feridos na província do Azerbaijão Oriental. Em 1990, um terremoto alcançou 7,7 graus e causou a morte de 37.000 pessoas na província noroeste de Gilan, junto ao már Cáspio.
(Com agência EFE)