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Síria: ditador e rebeldes pedem ajuda estrangeira sobre uso de armas químicas

As mensagens foram enviadas à ONU depois de um ataque que, segundo o regime, deixou cerca de 25 mortos e dezenas de feridos na província de Aleppo. Bashar al Assad aproveitou o dia para visitar uma escola de belas-artes

Por Da Redação
20 mar 2013, 16h56

Um dia depois de o regime sírio, liderado pelo ditador Bashar al Assad, e os rebeldes se acusarem mutuamente de utilizar armas químicas, os dois grupos resolveram pedir a intercessão da comunidade internacional para proibir esse tipo de armamento. O governo de Damasco enviou duas mensagens às Organizações das Nações Unidas (ONU) acusando novamente a oposição pelo ataque à província de Aleppo, enquanto a opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) pediu uma investigação internacional sobre o caso.

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“Os apelos feitos por países europeus e pela Liga Árabe para armar os grupos terroristas encorajaram estes grupos a seguir adiante e cometer seu crime atroz na terça-feira”, escreveu o ministério das Relações Exteriores sírio. Assad costuma se referir aos rebeldes como terroristas. O órgão reiterou “os compromissos da Síria de não utilizar armas químicas, se existirem, contra seu povo” e afirmou que “continuará perseguindo os terroristas e os que os apoiam por compromisso com a segurança de seu povo”.

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O governo de Assad disse à ONU que grupos como o radical Frente al Nusra poderiam ter produzido armas químicas depois que tomaram o controle de uma fábrica privada que armazenava cloro no leste de Aleppo. O ministério disse existem vídeos que mostram que a frente pode ter fabricado gases venenosos a partir de materiais químicos enviados pela Turquia, fato negado pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

Por outro lado, a CNFROS acredita ter cada vez mais provas de que o regime utiliza armas químicas e que o fez nesta terça-feira contra o povo sírio em Aleppo e também na periferia de Damasco. Em comunicado, o grupo disse que pelo menos dezenove civis morreram e 69 ficaram feridos. Ele pediu para que os investigadores realizem pesquisas no terreno e enfatizou que o novo governo interino que está em formação, apesar da eleição do premiê em Istambul, está à disposição para “receber esta delegação em território sírio e garantir sua segurança e passagem pelos lugares afetados”.

Até o momento, nem os Estados Unidos, nem a ONU confirmaram que o ataque foi feito com armas químicas. Se isso acontecer, será a primeira vez que esse tipo de armamento é utilizado em dois anos de confrontos entre Assad e os rebeldes. Segundo a ONU, mais de 70.000 pessoas morreram e um milhão saíram do país em busca de refúgio, principalmente em países vizinhos, como o Líbano.

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Visita – Mesmo em meio à discussão que preocupa a comunidade internacional, o ditador Bashar al Assad fez uma visita surpresa ao centro de formação de belas-artes de Damasco. A escola fica na zona Tijara, onde acontecem confrontos entre forças do governo e rebeldes há meses.

“O chefe de estado chegou para participar em uma cerimônia organizada no Centro de Educação para as Belas Artes pelo ministério da Educação em homenagem aos pais dos estudantes mortos em colégios por causa de atos terroristas”, informou a assessoria da presidência em seu perfil no Facebook.

(Com agência AFP e EFE)

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