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Schettino culpa tripulação por naufrágio do Costa Concordia

Ex-capitão do cruzeiro italiano que naufragou em janeiro de 2012 está sendo julgado por negligência, abandono do navio e outros crimes

Por Da Redação
30 abr 2014, 12h34

Francesco Schettino, o ex-capitão do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou em 2012 perto da ilha italiana de Giglio, afirmou que sua tripulação é culpada pelo acidente com o navio. A declaração está em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal italiano Il Secolo XIX. “Toda a culpa é dos meus oficiais. Estávamos a meia milha do litoral e a essa distância o comando do navio estava a cargo dos oficiais da guarda”, explicou Schettino, que lamenta, por sua vez, que ninguém o tenha alertado sobre o perigo. “Nos aproximamos das rochas e ninguém disse ‘Cuidado, estamos a uma distância mínima, atenção'”, disse.

Principal acusado no caso, Schettino confessa que não se deu conta da situação de perigo até que viu a espuma no mar, sinal de sua proximidade com a costa. “Ordenei que o timoneiro virasse primeiro à direita para evitar o problema e depois à esquerda para evitar a sacudida das águas na popa. Mas o timoneiro fez uma manobra estranha e foi a boreste”, lembra. Nesse momento, assegura, foi “impossível manter a calma” e, ao invés de receber a informação precisa do ocorrido para poder tomar a decisão correta, a única coisa que a tripulação comentou foi que o cruzeiro “flutuava”.

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O ex-comandante italiano voltou a se defender dizendo que não abandonou o navio, uma negligência presente entre as múltiplas acusações que pesam contra ele. Convencido de que tomou a decisão correta, Schettino sustenta que o comandante da capitania, Gregorio de Falco, lhe confirmou por telefone que “as patrulhas não iam socorrer os náufragos por medo, porque o Concordia estava se inclinando mais e mais”.

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O cruzeiro italiano Costa Concordia encalhou em frente à costa da Toscana até afundar parcialmente em 13 de janeiro de 2012, perto da ilha de Giglio, uma cidade turística que faz parte de um dos parques naturais mais importantes do Mar Mediterrâneo. O acidente terminou com a morte de 32 pessoas. Outras 64 ficaram feridas. O capitão, Francesco Schettino, e o primeiro oficial, Ciro Ambrosio, foram detidos e acusados de abandono do navio, naufrágio e homicídio. O julgamento de Schettino começou em 17 de julho e não tem data para terminar. O navio já foi endireitado e espera ser rebocado a um porto para ser desmantelado.

(Com agência EFE)

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