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Reuven Rivlin será o novo presidente de Israel

Aos 74 anos, o político do partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi o mais votado em eleição realizada no Parlamento israelense

Por Da Redação
10 jun 2014, 10h38

O político Reuven Rivlin, do partido Likud, foi escolhido nesta terça-feira novo presidente de Israel em uma apertada eleição no Parlamento. Rivlin obteve 44 votos no primeiro turno, longe dos 60 necessários para uma maioria absoluta. Na segunda rodada, ficou com 63 votos, enquanto seu adversário, o desconhecido político de centro Meir Sheetrit, obteve 53. Rivlin é considerado um parlamentar conservador e contrário à criação de um Estado palestino.

Advogado de profissão e com 74 anos, Rivlin também é famoso por sua defesa da democracia e dos direitos civis, que lhe valeram o respeito da esquerda e, inclusive, da minoria árabe israelense. O político membro do Likud, partido atualmente no poder em Israel, irá substituir Shimon Peres na presidência do país. Peres tem 90 anos e deixa a Presidência em sete de julho, após sete anos de mandato. O segundo turno contou com a participação de 119 dos 120 deputados do Parlamento e foi uma das votações mais tensas da história recente do país. “Foi mais dramático do que esperávamos, mas no final Rivlin ganhou”, disse o ministro de Transporte, Yisrael Katz, que defendia a candidatura de seu colega de partido.

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Rivlin, é um veterano político do partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e já foi presidente do Parlamento israelense por duas oportunidades. Ele e o chefe de governo, no entanto, brigaram em 2009. Netanyahu só apoiou o colega de partido a partir do final de maio e, após o anúncio dos resultados, não se levantou para cumprimentá-lo. No mês passado Netanyahu fez uma sondagem sobre o futuro da Presidência, determinando que seus conselheiros conversassem com os colegas de gabinete sobre a possibilidade de suspensão da votação e uma avaliação da necessidade do cargo. Alguns analistas políticos sugeriram que Netanyahu estava preocupado que a possível vitória de Rivlin, que já acusou publicamente o primeiro-ministro de mostrar desrespeito ao Parlamento e poderia torná-lo mais vulnerável em uma futura eleição geral.

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Nenhum partido até agora obteve maioria absoluta em uma eleição nacional no país. Isso faz com que o presidente – cujos deveres têm pouco poder – tenha um papel-chave na formação de coalizões de governo. A campanha para a eleição do décimo presidente de Israel foi marcada por rumores de jogo sujo e difamação. Um dos principais candidatos, o veterano trabalhista Binyamin Ben-Eliezer, abandonou a disputa no sábado, depois que a polícia o questionou sobre supostas fraudes financeiras. Ben-Eliezer negou qualquer irregularidade e disse que tinha sido “deliberadamente um alvo” de inimigos para sabotar sua candidatura.

Os outros três aspirantes à presidência, o Nobel de Química Dan Shechtman, a ex-presidente do Parlamento Dalia Itzik e a ex-juíza do Tribunal Supremo Dalia Dornerm, foram eliminados na primeira votação. Rivlin, com 44 votos, e Sheetrit, com 31, passaram para o segundo turno e se especulava se o candidato conservador seria superado pelo jovem político de centro. O novo presidente israelense tomará posse em 24 de julho para um mandato de sete anos. “Rivlin não será o presidente do Estado de Israel, e sim da ‘Grande Israel’. Aproveitará o cargo de presidente para fazer avançar a colonização na Cisjordânia”, lamentou recentemente um analista do jornal de esquerda Haaretz.

Pela legislação israelense, o presidente do país só tem funções protocolares e nenhum poder executivo, já que a tomada de decisões é concentrada na figura do primeiro-ministro. Porém, após a passagem do prêmio Nobel da Paz Shimon Peres pela presidência, o cargo ganhou novo relevo. Carismático e experiente (ele foi premiê em duas oportunidades, entre 1984 e 1986, e entre 1995 e 1996), Peres elevou a importância do cargo ao conquistar o respeito aa comunidade internacional com discursos sóbrios e uma postura conciliadora em meio ao constantemente tenso cenário político e social do Oriente Médio.

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(Com agência EFE)

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