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Putin recua e ordena retirada das tropas da fronteira com a Ucrânia

Presidente russo também manifestou apoio às eleições presidenciais ucranianas. Mudança de postura de Putin pode ter sido motivada pelas sanções

Por Da Redação
7 Maio 2014, 12h53

O presidente russo Vladimir Putin ordenou nesta quarta-feira a saída das tropas russas que estão próximas da fronteira com a Ucrânia, reporta o jornal The New York Times. Putin também pediu aos separatistas pró-russos do leste ucraniano para adiar o referendo que estava marcado para 11 de maio. “Fomos informados sobre as preocupações sobre as nossas tropas perto da fronteira com a Ucrânia”, disse Putin após um encontro com o Didier Burkhalter, presidente da Suíça e atual chefe da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). “Nós tiramos nossas tropas de lá. Hoje eles não estão na fronteira com a Ucrânia, mas em locais de exercícios regulares e em campos de treinamento”, completou.

A Rússia tinha posicionado cerca de 40.000 homens na fronteira com a Ucrânia logo após manifestantes em Kiev forçarem a retirada do presidente Viktor Yanukovich do poder, em 22 de fevereiro. Segundo imagens de satélites da Otan, a Rússia deslocou para a região uma “concentração poderosa” de aviões de combate, helicópteros, peças de artilharia, infantaria e forças especiais. Reafirmando sua intenção de proteger a população russófona que reside na Ucrânia, Putin insistiu no “direito de Moscou” em intervir para protegê-los se eles estiverem em perigo. Desde então, os governos ocidentais acusam o Kremlin de fomentar a agitação e a violência no leste ucraniano.

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Em um sinal de que as sanções econômicas e financeiras dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) podem ter afetado as decisões políticas de Moscou, Putin recuou em sua estratégia e, pela primeira vez desde que Yanukovich foi destituído da presidência da Ucrânia, manifestou apoio às novas eleições presidenciais, marcadas para 25 de maio. Para ele, as eleições são “um passo em boa direção” – em outra oportunidade, Putin tinha dito que o pleito era “absurdo” e “ilegal”. Em referência à população russófona do leste ucraniano, que teme ser perseguida por Kiev, Putin afirmou que as eleições não irão decidir nada se todos os cidadãos do país não perceberem que seus direitos serão garantidos.

Segundo o chefe de Estado russo, a reunião com o presidente da OSCE permitiu mostrar que seus “enfoques sobre como resolver a crise são muito parecidos”. Para Putin, “o diálogo direto entre as autoridades de Kiev e os representantes do sudeste da Ucrânia é um elemento chave para alcançar um compromisso”.

Entenda a situação dos conflitos nas cidades ao leste da Ucrânia:

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