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Putin diz que EUA ‘prenderam’ Snowden em Moscou

Para presidente russo, delator americano estaria “mudando de ideia” sobre deixar de vazar informações para conseguir asilo na Rússia

Por Da Redação
15 jul 2013, 21h53

O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta segunda-feira que os Estados Unidos “prenderam” o ex-técnico da CIA Edward Snowden na Rússia. O homem de 30 anos vazou informações sobre programas secretos de vigilância do governo americano para a imprensa. Antes de as informações serem divulgadas, ele deixou o Havaí, onde trabalhava como consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), e foi para Hong Kong. De lá, seguiu para Moscou, onde estaria vivendo em uma zona de trânsito do aeroporto Sheremetyevo desde o dia 23 de junho – o passaporte dele foi suspenso e ele está impedido de se deslocar. “Os EUA falaram com todos os outros países. Ninguém quer levá-lo. Então, nesse sentido, eles efetivamente o prenderam em nosso país”, disse Putin a uma plateia de estudantes durante visita à ilha Hogland, no Mar Báltico. “Assim que houver uma oportunidade para ele ir a outro lugar, espero que ele faça isso.”

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Putin disse anteriormente que, para permanecer no país, o delator deveria parar de divulgar informações secretas. Nesta segunda, ele disse que o americano aparentemente está “mudando de posição” em relação à exigência feita. “As condições para a Rússia conceder asilo político são conhecidas por ele. E, julgando suas últimas ações, ele está mudando sua posição. Mas a situação ainda não está clara”, afirmou o presidente russo, segundo declarações divulgadas pela agência de notícias RIA Novosti.

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O ex-consultor da NSA pediu asilo a quase trinta países – a maioria negou a solicitação. Alguns países latino-americanos, no entanto, ofereceram guarida ao delator, incluindo Venezuela, Nicarágua, Bolívia.

A afirmação do presidente russo ocorre depois de Snowden dizer a ativistas de direitos humanos, na sexta-feira, que pretende pedir asilo temporário à Rússia. Um parlamentar russo presente ao encontro declarou à agência estatal Itar-Tass que Snowden declarou não ter intenção de causar prejuízos ao governo americano. “Eu disse tudo o que sabia e não vou prejudicar os Estados Unidos no futuro”, teria dito o americano, de acordo com Vyacheslav Nikonov. Ao jornal argentino La Nación, no entanto, o jornalista do Guardina Glenn Greenwald afirmou que o americano possui mais informação que pode causar danos ao governo americano. Um grande dano, no entanto, já foi feito com a simples revelação das longas garras da espionagem americana.

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Ações – A divulgação dos métodos usados pelas agências americanas para vasculhar dados de milhões de pessoas, dentro e fora de seu território, está fornecendo aos que se opõem a programas secretos novas formas de contestar sua constitucionalidade na Justiça. Segundo o jornal The Washington Post, desde que as informações vieram à tona, pelo menos cinco casos foram apresentados a cortes federais. A reportagem pondera, no entanto, que esses casos enfrentam enormes obstáculos, o principal, a resistência do governo com base na necessidade de atuação das agências para garantir a segurança nacional. Quase todas as cerca de setenta ações apresentadas depois da divulgação, em 2005, de que a administração George W. Bush realizava escutas sem mandato judicial foram rejeitadas.

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