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Promotoria da Rússia faz novas denúncias contra líder opositor

Alexei Navalny, que se livrou de sentença há menos de duas semanas, agora é acusado de roubo, fraude e lavagem de dinheiro

Por Da Redação
29 out 2013, 17h08

O líder opositor russo e ex-candidato à prefeitura de Moscou Alexei Navalny foi acusado nesta terça-feira de roubo, fraude e lavagem de dinheiro pelo Comitê de Instrução da Promotoria da Rússia (CIR).

As novas acusações surgem menos de duas semanas depois que um tribunal do país suspender uma sentença de cinco anos de cadeia de Navalny, um blogueiro famoso por suas denúncias de corrupção, e que foi o segundo candidato mais votado, com 27,54% dos votos, nas eleições para prefeitura de Moscou, em setembro.

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Agora, o CIR acusa Navalny e seu irmão, Oleg, de roubar 30 milhões de rublos (cerca de 2 milhões de reais) de duas empresas – entre elas uma filial da empresa de cosméticos francesa Yves Rocher – e de lavar mais de 21 milhões de rublos (1,5 milhão) que teriam entrado ilegalmente no país.

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Segundo a promotoria, os roubos foram realizados por uma empresa de transportes de Oleg e Navalny, que teria arrancando os milhões de seus clientes ao cobrar de maneira fraudulenta por entregas que nunca aconteceram.

Após receber a notícia do novo processo, Navalny disse que as autoridades querem “aterrorizar a oposição”.

“Eu entendo a lógica das autoridades. Elas querem mostrar para todos que se alguém não fizer o que for mandado, elas vão aterrorizar você”, disse Navalny a uma rádio russa. “Não faz nenhum sentido a atividade comercial que meu irmão conduziu por três anos sem nenhum queixa ser subitamente taxada como fraude.”

Navalny também foi um dos organizadores dos protestos antigovernamentais em Moscou de dezembro de 2011, os maiores desde o fim da União Soviética. Em julho, ele havia sido condenado pelo roubo de 10 000 metros cúbicos de madeira no valor de cerca de 16 milhões de rublos (494 400 dólares).

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O suposto crime teria ocorrido em 2009, quando Navalni era conselheiro do governador de da província de Kirov, a 760 quilômetros de Moscou.

À época da condenação, Navalny e seus partidários afirmaram que o julgamento foi um teatro político do Kremlin e uma resposta aos vários casos de corrupção na administração pública denunciados pelo opositor. A pena, segundo os oposicionistas, comprovou que Putin governa pela repressão. Navalny só permaneceu preso por um dia e logo conseguiu o direito de recorrer em liberdade.

(Com agências EFE e Reuters)

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