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Prioridade é impedir Irã nuclear, diz Netanyahu após eleição

Premiê falou em responsabilidade econômica e prometeu reduzir custo de vida

Por Da Redação
23 jan 2013, 00h57

Após vencer as eleições legislativas de Israel nesta terça-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que pretende implantar “mudanças” em sua administração, mas a prioridade número um do governo segue sendo impedir o armamento nuclear do Irã. “O governo que formaremos se baseará em três grandes princípios: o primeiro de todos, a força militar contra as grandes ameaças que enfrentamos. O primeiro desafio foi e continua sendo impedir que o Irã obtenha armas nucleares”, discursou o premiê em Tel Aviv.

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Netanyahu também falou sobre novas políticas públicas que pretente implantar. Entre elas estão mais responsabilidade econômica devido à crise financeira internacional e diminuição do custo de vida, incluindo preço dos imóveis.”Acredito que os resultados da eleição representam uma oportunidade para fazer as mudanças que o povo de Israel quer ver e que servirão a todos os cidadãos do estado de Israel”, disse. “Pretendo liderar essas mudanças e para isso é preciso estabelecer um governo tão amplo quanto possível”, completou, sobre a formação de alianças.

As negociações serão necessárias não apenas porque a coligação de Netanyahu conquistou 31 assentos no Parlamento, uma redução de 11 cadeiras, mas porque o bloco de centro-esquerda conseguiu acumular ao todo 60 deputados, mesmo número dos partidos de direita que apoiam Netanyahu, após 99,8% das urnas apuradas. A ascensão das legendas de centro e esquerda, que surpreenderam na eleição, é simbolizada pelo partido Yesh Atid, do ex-jornalista Yair Lapid, que ganhou 19 cadeiras e se transforma na segunda maior força política, superando o histórico Partido Trabalhista, com 15.

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Já a legenda ultradireitista Habait Hayehudi, do carismático Naftali Bennett, à qual todas as pesquisas concediam uma ascensão eleitoral até a segunda posição, acabou em quarto lugar, com 11 assentos, atrás dos ultra-ortodoxos sefarditas do Shas, com 11. O partido de Lapid ficou com grande parte dos votos que seriam a princípio do Kadima, principal partido da oposição na última legislatura e que ficou relegado a ínfimas duas cadeiras.

Base de apoio – A grande questão agora é qual base de apoio Netanyahu poderia obter com o intrincado cenário parlamentar que as urnas desenharam. O mais provável seria formar uma coalizão somando seus 31 deputados aos dos partidos ultra-ortodoxos Shas (11 cadeiras), Judaísmo Unido da Torá (7) e Habait Hayehudi (11), mas juntos eles só somam 60 parlamentares, contra os mesmos 60 do bloco de centro-esquerda.

Pouco após a divulgação das pesquisas de boca de urna em seguida ao fechamento das urnas, o primeiro-ministro se apressou a ligar para Lapid para dizer que juntos “podem fazer grandes coisas pelo estado de Israel” e já convocou reuniões para a próxima quinta-feira.

No entanto, Lapid evitou falar sobre possíveis coalizões durante seu breve discurso e se limitou a afirmar que os cidadãos de Israel “disseram não à política do medo e do ódio, não ao radicalismo e à anti-democracia”. “Nesta noite recaiu sobre nossos ombros uma grande responsabilidade”, disse Lapid a seus seguidores em Tel Aviv sobre as 19 cadeiras que seu partido terá no Knesset, o Parlamento israelense.

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Netanyahu, que curiosamente começou seu discurso ao mesmo tempo que Lapid, declarou que vê “muitos aliados”. “Vejo muitos parceiros para esta missão. Estenderemos a mão para um governo amplo e, com a ajuda de Deus, triunfaremos juntos”, declarou.

(Com agência EFE)

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