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Primeira reunião do parlamento iraquiano termina sem escolha do presidente

Divisões étnicas, políticas e religiosas impedem a formação de um novo governo de coalizão, que poderia abrandar a violenta crise que o país vive

Por Da Redação
1 jul 2014, 08h57

O novo Parlamento iraquiano fracassou nesta terça-feira em escolher, em sua primeira reunião, o presidente e os vice-presidentes da Câmara por falta de quórum e consenso entre os deputados, e realizará sua próxima sessão em 8 de julho. O congressista mais velho, Mahdi al Hafez, escolhido para presidir a sessão na ausência do presidente do Parlamento, anunciou que foi dado um prazo de uma semana para a segunda reunião, com o objetivo de dar maior oportunidade aos blocos políticos para chegar a um consenso sobre os candidatos.

Esta primeira sessão foi realizada em meio de fortes divisões políticas e da ameaça da insurgência sunita liderada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que declarou neste domingo um califado em uma região que abrange partes dos territórios iraquiano e sírio. Os deputados foram escolhidos nas eleições parlamentares realizadas em abril. A coalizão Estado de Direito, liderada pelo primeiro-ministro o xiita Nouri al Maliki venceu as eleições, mas não obteve a maioria absoluta para formar um governo sem a necessidade de alianças. O experiente parlamentar Hafez pediu no começo da reunião que fosse restabelecida a segurança e a estabilidade para conseguir “o desenvolvimento do Iraque”. Em vão, Hafez também pediu a união dos diferentes grupos étnicos e religiosos longe do sectarismo e que se chegue a um acordo para enfrentar o grande desafio atual.

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O Iraque está imerso em uma grave crise provocada pelo avanço de grupos insurgentes sunitas que no último dia 10 tomaram o controle de Mosul, a segunda cidade do país, e desde então vêm avançando para outras áreas do país, no norte e no centro. Além disso, o EIIL, liderado pelo terrorista procurado internacionalmente Abu Bakr al-Baghdadi, declarou um califado muçulmano desde a província síria de Aleppo até a iraquian de Diyala.

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O número de vítimas por causa da violência no Iraque aumentou dramaticamente em junho, alcançando os 2.417 mortos e 2.287 feridos, frente aos 800 falecidos registrados em maio, segundo os dados divulgados hoje pelas Nações Unidas. (Continue lendo o texto)

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Ajuda do Irã – O vice-ministro de Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou nesta terça durante uma visita a Moscou que o Irã não tem plano algum de envio de tropas ao Iraque em apoio às forças do governo que combatem militantes islamitas, mas poderia fazer isso se fosse solicitado. “O Iraque não nos apresentou nenhum pedido de armas. Mas se fizer isso, então, no âmbito da lei e das normas internacionais, bem como acordos bilaterais, as armas de que o Iraque precisar para conduzir um combate eficaz contra o terrorismo serão providenciadas”, disse ele.

Embora tanto os Estados Unidos como o Irã se oponham à ofensiva dos militantes sunitas, Amir-Abdollahian acusou Washington de estar por trás dos recentes eventos no Iraque. “O que aconteceu recentemente no Iraque é claramente resultado da interferência estrangeira, de um plano dos Estados Unidos. Os americanos querem criar uma segunda Ucrânia no Iraque”, disse ele, referindo-se a semanas de conflito entre forças do governo e combatentes separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia. “Somos fortemente contra a divisão do Iraque”, acrescentou.

(Com agências EFE e Reuters)

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