Prevendo represálias da Al Qaeda, países adotam cautela
Temor de atentados para vingar a morte de Bin Laden colocou nações em alerta
Os talibãs do Paquistão, aliados da Al Qaeda, já prometeram vingar a morte de Bin Laden, com ataques contra alvos americanos e do governo paquistanês
A terça-feira começou em estado de alerta para a comunidade internacional – e, sobretudo, para o Paquistão. O temor de represálias de células terroristas da rede Al Qaeda depois da morte de Osama Bin Laden, em ação das forças especiais americanas, no domingo, causou a adoção de medidas especiais de segurança. As advertências para possíveis ataques da organização de Bin Laden se multiplicaram nas últimas horas, e vários países reforçaram sua vigilância contra o terror.
O governo dos Estados Unidos emitiu um alerta a suas forças de segurança e fechou ao público a embaixada e seus consulados no Paquistão. O diretor da CIA, Leon Panetta, que comandou a operação de eliminação, já advertiu que é quase certo que os partidários de Bin Laden buscarão vingança. A secretária americana de Segurança Interna, Janet Napolitano, afirmou, no entanto, que não existe nenhuma ameaça iminente de atentado – e que não elevaria o nível de alerta nacional.
Os talibãs do Paquistão, aliados da Al Qaeda, já prometeram vingar a morte de Bin Laden, com ataques contra alvos americanos e do governo paquistanês. O Paquistão, que nos três últimos anos sofreu centenas de atentados cometidos pelos talibãs e seus aliados, se prepara para viver dias difíceis. As autoridades do país são acusadas por Washington de fazer jogo duplo na luta contra o terrorismo. Em Islamabad e nas áreas sensíveis de várias cidades, a segurança foi reforçada.
Na Inglaterra, cinco homens foram detidos por atividades suspeitas perto de uma usina nuclear. Não há detalhes sobre suas atividades, mas eles foram presos sob as regras da lei antiterror do país – o que torna possível dizer que são suspeitos de tramar algum tipo de ação perigosa. Israel também elevou o alerta nos aeroportos e em todas as passagens fronteiriças, enquanto o Conselho de Segurança Nacional estuda se divulgará um alerta especial aos cidadãos do país.
(Com agência France-Presse)