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Político experiente, Bersani é favorito para comandar Itália

Líder do Partido Democrático, o ex-ministro promete manter compromissos do governo e rever políticas que trouxeram prejuízos a trabalhadores

Por Gabriela Loureiro
22 dez 2012, 07h12

O Partido Democrático, de centro-esquerda, é apontado pelas pesquisas de opinião na Itália como franco favorito para conquistar a maioria nas eleições parlamentares do ano que vem. O líder do partido é Pier Luigi Bersani, experiente político que poderá ser o próximo chefe de governo. Um político que deverá manter o país no rumo iniciado pelo tecnocrata Mario Monti e bem longe da imagem de Silvio Berlusconi, que ocupou o cargo em três ocasiões e foi obrigado a renunciar no ano passado em meio as dificuldades econômicas do país.

Casado e pai de duas filhas, Bersani, de 61 anos, é filho de um mecânico e proprietário de um posto de gasolina de Piacenza. Católico fervoroso, escreveu uma tese sobre a história do cristianismo para concluir o curso de Filosofia na Universidade de Bolonha. Segundo a revista The Economist, a religião estava aliada ao espírito de liderança de Bersani desde o berço. Quando criança, liderou uma manifestação de coroinhas para protestar contra o uso que a igreja local fazia das doações.

Depois de passar alguns anos trabalhando como professor, Bersani iniciou sua carreira política no Partido Comunista da região da Emília Romana. Foi eleito líder regional do partido em 1993, em meio a esforços para modernizar a esquerda italiana. Em 1996, conquistou o cargo de ministro da Indústria. Dez anos depois, tornou-se ministro do Desenvolvimento Econômico, cargo que ocupou no último governo de centro-esquerda do país, de 2006 a 2008. Neste período, ele comandou sucessivas rodadas de liberalização com o objetivo de aumentar a concorrência e acabou com os privilégios de alguns dos muitos cartéis ocultos da Itália. Recentemente, tem aliado seu partido às medidas de austeridade do governo Monti.

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Liderança interna – Dois anos após a criação do PD, hoje o maior partido italiano, Bersani conquistou com folga a liderança da legenda, em 2009. Agora em 2012, venceu as primárias democratas tendo conseguido a maioria dos votos em quase todas as regiões do país. Derrotou na disputa o prefeito de Florença, Matteo Renzi, 24 anos mais jovem e que fez uma campanha baseada na mudança e na renovação. Mensagem que lhe rendeu o apoio de mais de um milhão de partidários.

Bersani entendeu que precisa ir atrás desse público e tratou de prometer mais oportunidades para as novas gerações. Sua plataforma prevê aumentar as ofertas de trabalho para mulheres e jovens, reduzir os custos de contratação para pequenas e médias empresas e tornar mais duras as leis de combate à corrupção.

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Ele também promete dar continuidade aos compromissos assumidos pelo governo com a União Europeia, que exigem mais responsabilidade fiscal. E, ao mesmo tempo, rever as políticas que prejudicaram trabalhadores e aposentados. “Nós temos que vencer, mas não podemos vencer a qualquer custo”, disse Bersani quando venceu a nomeação de seu partido. “Nós não podemos ganhar contando fábulas porque não é assim que se governa. Não será fácil, mas o país precisa disso”.

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