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Polícia impede novos protestos contra governo na Rússia

50.000 policiais foram colocados nas ruas de Moscou; mais de 1.000 prisões de opositores do primeiro-ministro Vladimir Putin ocorreram nos últimos dias

Por Da Redação
7 dez 2011, 19h38

Manifestantes adversários do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, desistiram nesta quarta-feira de realizar novos protestos contra o resultado da eleição parlamentar do último domingo depois de serem intimidados por uma forte presença policial nas ruas de Moscou. Cerca de 50.000 policiais e 2.000 agentes das forças especiais do Ministério do Interior estão na capital russa para impedir novas manifestações.

Nos últimos dois dias, mais de mil pessoas foram presas em atos contra o governo. Vencido pelo partido governista Rússia Unida, o pleito de domingo foi considerado injusto por opositores de Putin e observadores internacionais, que apontaram a existência de diversas fraudes no processo. Aumentando o tom das críticas, o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev disse nesta quarta que a eleição foi “uma mentira” e uma nova votação deveria ser convocada.

A oposição tenta manter a mobilização popular depois de reunir na segunda-feira à noite cerca de 5.000 pessoas em Moscou, no maior protesto contra o o grupo político liderado por Putin até hoje. O atual premiê, que entregou nesta quarta a documentação necessária para se candidatar nas eleições presidenciais de março de 2012, é o favorito no pleito, com a possibilidade de permanecer na Presidência da Rússia até 2024 após uma reeleição. Mas a apuração dos votos no domingo sinalizou um desgaste de Putin. Apesar de o seu partido ter conquista a maioria das cadeiras da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento, a bancada do Rússia Unida encolheu de 315 para 238 deputados.

Internet – Ainda nesta quarta-feira, a Rússia e outros países asiáticos bloquearam a adoção de uma declaração sobre “liberdades fundamentais na era digital”, no âmbito da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), entidade que apontou diversas irregularidades na eleição de domingo, entre elas o boicote a sites independentes que noticiavam o proecesso eleitoral e a uma ONG que denunciava infrações.

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“As liberdades fundamentais de expressão, reunião pacífica, associação e liberdade de credo se aplicam tanto a uma conversa no Twitter ou a uma reunião organizada por uma ONG no Facebook como a uma reunião em uma praça pública”, disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, na terça-feira. “Fracassamos em conseguir um consenso”, reconheceu o presidente rotativo da OSCE, Audronius Azubalis (chanceler lituano). As decisões da OSCE são tomadas por unanimidade, por isso, a oposição de um só país já representa o veto automático.

Patrocinada por Estados Unidos, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Espanha, e apoiada pela maioria dos 56 membros da OSCE, a proposta pretendia consagrar liberdades fundamentais, como as de expressão e reunião, no âmbito da internet. Objetivava também reafirmar a segurança e a liberdade dos jornalistas, cuja situação se mostra delicada em alguns sstados da organização, como Belarus, Turcomenistão e Uzbequistão.

(Com agência EFE)

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