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Pentágono apoiou plano para armar rebeldes sírios, diz Panetta

Plano foi desenvolvido pela CIA, mas acabou rejeitado pela Casa Branca

Por Da Redação
7 fev 2013, 17h18

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, disse nesta quinta-feira ao Congresso que o Pentágono apoiou um plano de armar rebeldes sírios. O plano foi desenvolvido no ano passado pelo então diretor da CIA, a agência de inteligência americana, David Petraeus, com o endosso da ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

A declaração foi dada durante um depoimento à Comissão de Serviços Armados do Senado, que apura o ataque ao consulado americano em Bengasi, em setembro do ano passado. Também participou da audiência o general Martin E. Dempsey, o oficial que ocupa o posto mais elevado na hierarquia militar dos EUA.

Na reunião, o senador republicano John McCain perguntou se eles apoiaram a recomendação de que armas deveriam ser providenciadas para a resistência na Síria. A resposta de ambos foi afirmativa.

A Casa Branca, no entanto, tinha preocupações sobre os riscos de se envolver mais profundamente na crise na Síria. E com o presidente Barack Obama em meio a uma campanha para a reeleição, o plano foi rejeitado, informou o jornal The New York Times.

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Alguns integrantes do governo esperavam que o assunto fosse retomado depois das eleições. Mas, com a renúncia de Petraeus em meio a um escândalo extraconjugal e o afastamento de Hillary por problemas de saúde, o plano foi arquivado.

Depois da reunião, o republicano McCain divulgou um comunicado no qual parabenizou a postura dos comandantes do Pentágono e criticou a do presidente, por não autorizar o envio de armas aos rebeldes sírios. “Isso significa que o presidente desconsiderou os líderes de sua própria equipe nacional de segurança”.

O governo americano fornece aos rebeldes sírios ajuda humanitária e equipamento não letal, como rádios e outros aparelhos de comunicação, por exemplo. Outros países, como o Catar e a Arábia Saudita, estão fornecendo armamento diretamente para a oposição.

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O conflito na Síria, que se prolonga por quase dois anos, já deixou 60.000 mortos, segundo a ONU.

Líbia – Sobre o ataque em Bengasi, que provocou a morte do embaixador Christopher Stevens e de outros três funcionários americanos, Panetta afirmou que as representações dos EUA no exterior devem ter sua segurança reforçada. Acrescentou, porém, que serão precisos de dois a três anos para mobilizar 35 guardas de segurança da Marinha aos escritórios americanos no exterior.

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“Nós estamos trabalhando agora com o Executivo para identificar locações específicas para as tropas”, disse Panetta. Os oficiais da Marinha protegem 152 centros diplomáticos americanos, mas não havia nenhum deles em Bengasi no dia do incidente, em 2012. Segundo Panetta, o dever desses oficiais, de proteger informações confidencias, deve ser expandido.

Panetta disse ao Congresso que não foi capaz de reagir mais rapidamente ao ataque porque não recebeu um alerta da inteligência americana. “O departamento de Defesa estava preparado para uma grande variável de contingências, mas infelizmente não havia indicações específicas de um ataque iminente em Bengasi”, disse. “Sem um aviso adequado, não houve tempo suficiente para que o Exército respondesse”.

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O general Dempsey também respondeu às críticas de alguns parlamentares de que a reação americana ao incidente foi fraca. Ele disse que Bengasi não era o único lugar onde os diplomatas americanos enfrentavam ameaças em 11 de setembro do ano passado. Segundo ele, embaixadas do Iêmen, Tunísia, Egito e Sudão eram alvo de protestos. O general acrescentou que o Departamento de Estado não fez nenhum pedido específico para que o Pentágono providenciasse segurança extra para Bengasi.

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Responsabilidade – Três funcionários do Departamento de Estado americano pediram demissão após o incidente, e a própria secretária na época, Hillary Clinton, assumiu a responsabilidade. Antes de deixar o cargo, Hillary falou sobre o incidente no Congresso. E ressaltou que o ataque em Bengasi não está isolado e faz parte de um desafio estratégico mais amplo para os EUA e seus parceiros na África do Norte, devido à crescente militância extremista depois das revoltas árabes.

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