Pedófilo mais procurado dos EUA é preso na Nicarágua
Toth entrou na lista dos principais foragidos do FBI após a morte de Bin Laden
A polícia da Nicarágua confirmou a prisão do pedófilo mais procurado dos Estados Unidos nesta segunda-feira. Eric Justin Toth, de 31 anos, foi encontrado após uma operação realizada em conjunto pelas autoridades das cidades de Managua e Estelí. Toth era considerado uma ameaça para a população e passou a integrar a lista dos dez principais foragidos do FBI (polícia federal americana) depois da operação que eliminou o terrorista Osama Bin Laden, em 2011.
Professor da terceira série do ensino fundamental da escola Beauvoir, em Washington, Toth não era visto desde a descoberta de seu envolvimento com pornografia infantil. Em 12 de junho de 2008, a diretoria do colégio comunicou os pais de que um professor havia sido flagrado em posse de uma câmera com conteúdo inapropriado de um menino. A NBC informou que outros três garotos também teriam sido vítimas do pedófilo na cidade.
A suspeita era de que Toth teria se camuflado no banheiro dos meninos para fazer o vídeo de pelo menos um estudante da escola. De acordo com a agência de notícias AP, a diretoria de Beauvoir emitiu um comunicado parabenizando o FBI pelo empenho na captura do ex-professor. A nota diz que as autoridades “foram firmes para trazer esse caso à justiça.”
Histórico – Após as denúncias de abuso de menores na escola Beauvoir, a polícia encontrou um bilhete de suicídio em seu carro, que estava estacionado no aeroporto de Minneapolis. A pista foi considerada uma tentativa de Toth burlar as investigações do FBI, uma vez que nenhum corpo foi encontrado no lago citado pelo criminoso em sua “despedida”. A acusação formal só foi feita em dezembro de 2008, e uma série de indícios levam a crer que o pedófilo passou pelos estados de Virginia, Illinois, Indiana, Wisconsin e Minnesota, antes de se mudar para a Nicarágua.
Considerado pela polícia como um especialista em computação e internet, Toth foi incluído na lista dos dez mais procurados por ser uma ameaça desconhecida para a população. O temor do FBI era de que o criminoso usasse a sua habilidade em se misturar entre as mais diversas classes econômicas para arrumar um novo emprego como professor ou babá. A recompensa para qualquer informação que levasse à sua captura era de 100.000 dólares (cerca de 200.000 reais).