Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Parlamento da Índia aprova legislação mais severa contra estupro

Texto ainda precisa ser sancionado para entrar em vigor. Proposta aprovada no Legislativo torna crime ações como perseguição, assédio sexual e voyeurismo

Por Da Redação
21 mar 2013, 13h48

O Parlamento da Índia aprovou nesta quinta-feira uma proposta que aumenta as punições para casos de estupro e criminaliza ações como perseguição, assédio sexual e voyeurismo. A proposta foi discutida durante sete horas na Câmara Baixa na última terça-feira, antes de ser aprovada. Na Câmara Alta, nesta quinta, passou com mais facilidade. A expectativa é que a sanção presidencial também ocorra rapidamente.

A nova legislação é aprovada cerca de três meses depois de uma estudante de fisioterapia ser vítima de um estupro coletivo em um ônibus em Nova Délhi. Ela acabou morrendo em decorrência das agressões. O caso resultou em protestos em todo o país, reivindicando penas mais severas e o fim da impunidade contra os agressores.

O texto aprovado pelo Legislativo prevê punição com pena de morte para agressores reincidentes e para casos em que a vítima morra em decorrência do ataque. O projeto também torna crime a recusa policial em abrir um inquérito quando uma denúncia de ataque sexual for recebida.

Leia também:

Leia também: Índia: seis detidos por estupro de turista suíça vão à justiça

O ministro de Assuntos Internos, Sushilkumar Shinde, disse que a lei foi o passo principal dado pelo país para combater a violência sexual. No entanto, ativistas dos direitos das mulheres alertam que ainda há muito a ser feito. Um dos problemas que persistem mesmo com o novo texto aprovado é o estupro marital, que não é considerado crime.

“Se a integridade do corpo é uma preocupação, assim como o consentimento, então certamente o estupro no casamento deveria ser incluído”, ressaltou Ranjana Kumari, diretora do Centro para Pesquisa Social. Ela apontou ainda, segundo informação do jornal britânico The Guardian, que a pena máxima de dez anos para ataques com ácido é muito branda.

Continua após a publicidade

Saiba mais:

Saiba mais: Estupro coletivo de jovem incentiva transformação na Índia

Depois do estupro coletivo da estudante de 23 anos, o governo criou um painel de juízes aposentados para revisar a lei criminal para casos de crimes contra a mulher. Sugestões de mudança foram apresentadas e aprovadas pelo gabinete, mas o Parlamento precisou aprovar uma nova legislação rapidamente para que a portaria não perdesse a validade. Muitos deputados reclamaram que a proposta foi apressada e votada sem que houvesse tempo para realizar um debate aprofundado sobre o tema.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.