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Parlamento da Crimeia antecipa referendo sobre status político da região

Presidente da Casa diz que não reconhece novo governo de Kiev. França e Grã-Bretanha cancelam participação em reuniões do G-8

Por Da Redação
2 mar 2014, 12h01

O presidente do Parlamento da república autônoma ucraniana da Crimeia, Vladimir Konstantinov, anunciou neste domingo que o referendo sobre o status político da região será antecipado para o dia 30 de março. Originalmente, a data prevista era 25 de maio. Segundo Konstantinov, a população será questionada se deseja que a região obtenha “status de Estado” no referendo.

O anúncio ocorre dois dias depois da intervenção de tropas russas na região, uma ação que o governo interino da Ucrânia classificou como “declaração de guerra“. Pouco após o anúncio, um caminhão chegou às portas do Parlamento e os operários começaram a retirar as bandeiras ucranianas da praça e a substituí-las por bandeiras da região, que é habitada por uma maioria de russos étnicos. O referendo foi convocado pelo Parlamento local no dia 27 de fevereiro, logo após milícias armadas pró-Rússia invadirem o prédio.

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“Sobre esta base planejamos construir relações com o poder central sobre princípios contratuais”, afirmou Konstantinov em entrevista coletiva em Simferopol. A pergunta que deve ser submetida a consulta popular é: “Você apoia a autodeterminação da Crimeia no seio da Ucrânia sobre a base dos acordos e tratados internacionais?”

O presidente acrescentou que “não reconhece as novas autoridades de Kiev”, que chegaram ao poder após uma revolta popular de três meses. “Até hoje temos um presidente legítimo, em quem votou a maioria da população da Crimeia, e é Viktor Yanukovich”, disse Konstantinov.

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G-8 – Também neste domingo, a França e Grã-Bretanha anunciaram que vão suspender a participação nas reuniões prévias à cúpula do G8 que está marcada para junho em Sochi, na Rússia.

Um porta-voz do Palácio do Eliseu confirmou que o presidente da França, François Hollande, tomou essa decisão depois de se reunir de urgência com o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius.

Horas antes, o chefe da diplomacia francesa tinha cogitado publicamente essa possibilidade e criticado a mobilização de tropas russas na Ucrânia. “Nossos parceiros russos têm que compreender que, se continuam tudo isto, haverá um custo. Interromper as preparações do G8 tem consequências. A Rússia, tradicionalmente, é nossa amiga. De um amigo esperamos algo diferente de barulho de bota”, acrescentou Fabius durante uma entrevista coletiva.

A mesma posição foi adotada pelo seu equivalente britânico, William Hague. “Temos que reconhecer que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia foram violadas e que essa não pode ser a maneira de conduzir assuntos internacionais”, disse, segundo declarações publicadas pela BBC.

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(Com agência EFE)

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