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Papa cria comissão para combater pedofilia na Igreja

Grupo terá como missão discutir como proteger crianças e aprimorar escolha de sacerdotes

Por Da Redação
5 dez 2013, 12h18

O papa Francisco está montando um comitê de especialistas para discutir a questão do abuso sexual no clero, uma tarefa que vai envolver formas de melhorar a proteção de crianças contra pedófilos e a escolha de sacerdotes, além de discutir como ajudar vítimas que já foram afetadas.

O cardeal Sean O’Malley, arcebispo de Boston, anunciou a criação da comissão nesta quinta-feira, após uma reunião entre Francisco e o “G8 papal“, como é chamado o conselho de oito cardeais escolhidos pelo pontífice para ajudá-lo na reforma da Cúria, o governo da Igreja Católica. “Até agora houve muito foco nas áreas judiciais, mas a parte pastoral é muito, muito importante. O Santo Padre está preocupado com isso”, disse O’Malley a jornalistas.

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Boston foi justamente o epicentro de uma série escândalos de abusos sexuais cometidos por clérigos americanos, que veio à tona em 2002. O’Malley disse aos jornalistas que a comissão, formada por especialistas internacionais leigos e religiosos, vai sugerir iniciativas que possam ser implementadas no Vaticano e em outras partes do mundo. Ainda não está claro se os especialistas vão tratar de uma das questões principais por trás do escândalo de abusos sexuais da igreja católica: como responsabilizar os bispos que esconderam os crimes perante às leis civis de cada país onde os abusos foram cometidos.

Advogados de vítimas de abuso de integrantes do clero há muito tempo reclamam da recusa do Vaticano em repreender os bispos que encobriram os casos, transferindo-os de paróquia para paróquia em vez de entregá-los à Justiça. Esta prática, somada à cultura de sigilo da igreja e o temor de escândalos, permitiu que pedófilos continuassem a molestar crianças por décadas, enquanto o Vaticano fechava os olhos. “Francamente, esta é uma questão que a igreja precisa enfrentar”, disse O’Malley ao ser perguntado se a comissão trataria do assunto. “Não tenho certeza se será trabalho da comissão ou da Congregação para a Doutrina da Fé ou ainda da Congregação dos Bispos”.

(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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